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Candidatos pró-Maduro assumem controle do Congresso da Venezuela após eleição boicotada

Placeholder - loading - Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, vota em eleição parlamentar em Caracas 06/12/2020 REUTERS/Fausto Torrealba
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, vota em eleição parlamentar em Caracas 06/12/2020 REUTERS/Fausto Torrealba

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Por Vivian Sequera e Deisy Buitrago

CARACAS (Reuters) - Candidatos que apoiam o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assumiram o controle do Congresso, anunciou a comissão eleitoral nesta segunda-feira, após uma eleição parlamentar que líderes da oposição boicotaram por enxergarem como uma fraude.

A presidente da comissão eleitoral, Indira Alfonzo, disse em comentários transmitidos pela televisão estatal que 67,6% dos 5,2 milhões de votos depositados na eleição de domingo foram para candidatos pró-Maduro, mas só 31% dos eleitores habilitados participaram da votação.

O resultado devolve o Congresso --a última instituição estatal fora das mãos do Partido Socialista governante-- às mãos de aliados de Maduro, apesar de uma economia em ruínas, sanções norte-americanas que estrangulam as exportações de petróleo do país-membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a emigração de cerca de 5 milhões de cidadãos.

As filas das zonas eleitorais estavam curtas no domingo, já que muitos eleitores atenderam o pedido de boicote do líder opositor Juan Guaidó. Em algumas áreas, havia filas mais longas para comprar o combustível escasso do que para votar.

Os membros do novo Congresso terão poucas ferramentas para melhorar a vidas da população em um país no qual os salários raramente cobrem o custos do abastecimento básico, e sua eleição tampouco melhorará a reputação de má gestão e desrespeito aos direitos humanos que Maduro adquiriu entre nações ocidentais.

Mas a votação pode dar legitimidade para Maduro oferecer acordos de investimento às poucas empresas do mundo dispostas a ser alvo das sanções de Washington para terem acesso às maiores reservas de petróleo do planeta.

A eleição fecha um ciclo iniciado em 2015, quando a oposição conquistou o Congresso com uma grande margem, mas viu seus poderes legislativos serem usurpados por tribunais pró-governo e pela criação de uma todo-poderosa Assembleia Nacional Constituinte em 2017.

Guaidó, chefe do Congresso atual, disse que os venezuelanos deveriam ignorar a votação e participar de uma consulta no dia 12 de dezembro que perguntará aos cidadãos se rejeitam a eleição de domingo e querem uma mudança de governo.

Guaidó e seus aliados estrangeiros dizem que o governo de Maduro não cumpriu as condições para a realização de uma eleição justa.

Escrito por Reuters

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