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Cenário dos EUA permite repasse de custos mesmo com grãos em alta, diz JBS

Placeholder - loading - Fábrica de carne suína da JBS USA nos Estados Unidos REUTERS/Bing Guan
Fábrica de carne suína da JBS USA nos Estados Unidos REUTERS/Bing Guan

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Por Nayara Figueiredo

SÃO PAULO (Reuters) -A JBS tem conseguido repassar seus custos maiores com grãos para o portfólio de produtos nos Estados Unidos, devido à firme demanda norte-americana que levou o balanço da companhia a lucro recorde de 2 bilhões de reais para um primeiro trimestre em 2021.

'Nossa perspectiva quando olhamos a produção ao longo do ano é bastante favorável, mesmo com esse momento de custos de grãos, conseguimos repassar isso nos preços', afirmou o CEO da JBS USA, André Nogueira, em teleconferência nesta quinta-feira para comentar os resultados do período.

As operações de carnes da América do Norte responderam por mais de 80% da geração de caixa (Ebitda ajustado) da empresa no primeiro trimestre.

Segundo ele, a retomada do food service que está sendo vista no mercado norte-americano, impulsionando o consumo, também virá na Ásia e na Europa, com o avanço da vacinação contra a Covid-19, 'e isso é extremamente 'bullish' (altista) para preços'.

Do ponto de vista da exportação partindo da unidade norte-americana, Nogueira lembrou que a peste suína africana na China tem mantido a demanda do país asiático aquecida no mercado de carnes.

Com isso, a expectativa para as operações da JBS USA Pork também é muito favorável e o aumento dos preços do suíno no 'spot' não é motivo de preocupação para a companhia, devido a estrutura de compras por 'carteira'.

'Temos uma estrutura que não me coloca comprando porco no spot', acrescentou.

Ele acredita ainda que a rentabilidade do produtor de suínos nos Estados Unidos é bastante favorável, e terá crescimento na segunda metade do ano, impulsionando as cotações do animal. No entanto, essa tendência de alta na matéria-prima também não é motivo de temor para a companhia.

'Vai ser mais um ano forte de margem, temos uma operação muito eficiente', acrescentou sobre a JBS USA Pork.

Já no Brasil, os custos com grãos têm afetado as margens da Seara, unidade de aves e suínos, porém a empresa está 'bem posicionada' nas aquisições dos insumos utilizados na ração e vem apostando na melhora do mix de produtos, disse o presidente da Seara, Wesley Batista Filho.

'O aumento de custos de grãos é global, vamos ter que trabalhar nesse cenário melhorando nossa operação para conseguir trabalhar', afirmou o executivo.

Ele ressaltou que, mesmo diante da adversidade, a perspectiva de volume de produção para o ano estará em linha com a capacidade produtiva da empresa, que está em expansão.

'Temos várias obras bem adiantadas e vamos ver esse impacto (operacional) mais no começo do ano que vem', estimou.

'Nosso aumento de capacidade mantemos dentro do cronograma, e confiantes de que vá ter um aumento de volume onde estão os nossos melhores nichos.'

Na véspera, balanço financeiro da JBS mostrou que a Seara teve queda de 5,2% no Ebitda ajustado do primeiro trimestre, para 932,6 milhões, e a margem baixou 5 pontos, para 11,9%, pressionada pelos custos com grãos como o milho. Já a receita subiu 34,4%, a 7,84 bilhões de reais.

O desempenho do Brasil limitou as margens da JBS como um todo, que poderiam ter sido ainda melhores no trimestre.

(Por Nayara FigueiredoEdição de Luciano Costa e Roberto Samora)

Escrito por Reuters

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