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China lamenta morte de médico que revelou coronavírus; Xi conversa com Trump

Placeholder - loading - Memorial para Li Wenliang, médico chinês que alertou sobre coronavírus antes de surto ser oficialmente reconhecido  01/02/2020 REUTERS/Stringer
Memorial para Li Wenliang, médico chinês que alertou sobre coronavírus antes de surto ser oficialmente reconhecido 01/02/2020 REUTERS/Stringer

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Por Se Young Lee e Brenda Goh

PEQUIM/XANGAI (Reuters) - Um médico chinês que alertou para um surto de coronavírus antes de ele ser reconhecido oficialmente morreu em decorrência do vírus nesta sexta-feira, desencadeando manifestações públicas de luto e expressões raras de revolta contra o governo na internet.

A morte de Li Wenliang, oftalmologista que acionou o alarme, ocorreu no momento em que o presidente da China, Xi Jinping, assegurava ao presidente norte-americano, Donald Trump, que seu país está fazendo tudo o que pode para conter o vírus que já matou quase 640 pessoas.

A China está obtendo resultados gradualmente e acredita que pode derrotar a epidemia sem consequências econômicas de longo prazo, disse Xi a Trump em um telefonema, de acordo com a televisão estatal.

O banco central chinês prometeu mais apoio à segunda maior economia do mundo, já que se espera que o surto abaterá dois pontos percentuais, ou mais, dos 6% de crescimento nacional no primeiro trimestre, disseram analistas.

As ações chinesas tiveram sua pior semana desde maio, e em outras partes da Ásia os mercados financeiros recuaram depois de vários dias de ganhos.

A morte de Li, de 34 anos, provocou grandes demonstrações de tristeza nas redes sociais. Ele foi uma das oito pessoas repreendidas pela polícia da cidade de Wuhan, que se localiza na província central de Hubei e é o epicentro do contágio semelhante à gripe, por disseminar informações 'ilegais e falsas' a esse respeito.

Os alertas de Li nas redes sociais a respeito de um novo coronavírus 'semelhante ao Sars' – uma referência à síndrome respiratória aguda grave (Sars), que matou quase 800 pessoas em todo o planeta em 2002-2003 depois de surgir na China – provocou a ira da polícia.

A China foi acusada de tentar ocultar o Sars.

Li foi forçado a assinar uma carta em 3 de janeiro dizendo que 'perturbou seriamente a ordem social' e ameaçado de ser processado.

'Lamentamos profundamente a morte do médico de Wuhan Li Wenliang... após um resgate em que se tentou de tudo, Li faleceu', disse o Diário do Povo do Partido Comunista governante no Twitter.

Usuários das redes sociais chamaram Li de herói, acusando as autoridades de incompetência no início da abordagem do surto.

'Wuhan realmente deve desculpas a Li Wenliang', disse Hu Xijin, editor do tablóide Global Times, que tem apoio do governo, nas redes sociais. 'As autoridades de Wuhan e Hubei também devem desculpas solenes ao povo de Hubei e a este país'.

Escrito por Reuters

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