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Cinco unidades de frango do Brasil são desabilitadas a exportar a sauditas

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SÃO PAULO (Reuters) - A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou nesta terça-feira que cinco unidades frigoríficas de carne de frango foram desabilitadas a exportar para a Arábia Saudita, maior importador do produto brasileiro, por razões técnicas.

A associação, que representa os principais produtores de carnes de aves e suína do Brasil, afirmou ainda que 25 unidades continuam autorizadas a exportar aos sauditas, de um total de 58 habilitadas pelo Ministério da Agricultura brasileiro.

Do total de habilitadas, somente 30 embarcavam produtos efetivamente aos sauditas, disse a ABPA, ressaltando que o 'impacto, portanto, é sobre cinco plantas frigoríficas'.

O comunicado foi divulgado após a versão online do jornal Folha de S.Paulo revelar mais cedo que a Arábia Saudita havia desabilitado cinco frigoríficos exportadores.

'As empresas autorizadas constam em uma lista divulgada pelas autoridades sauditas. As razões informadas para a não autorização das demais plantas habilitadas decorrem de critérios técnicos', disse a ABPA em nota.

'Planos de ação corretiva estão em implementação para a retomada das autorizações', acrescentou a ABPA, sem deixar claro no comunicado quais frigoríficos foram desabilitados.

Segundo a Folha, entre as cinco unidades descredenciadas pelos árabes estão unidades da BRF e JBS . As empresas não comentaram o assunto.

Fontes com conhecimento da situação disseram à Reuters que duas unidades da BRF estão entre as que foram desabilitadas pela Arábia Saudita.

As ações da BRF fecharam em queda de 5 por cento nesta terça-feira. As da JBS, que operaram em alta após a divulgação da notícia pela manhã, tiveram queda de 0,7 por cento.

Segundo nota do Ministério da Agricultura do Brasil, o grupo de unidades habilitadas atualmente pelos sauditas respondeu no ano passado por 63 por cento do volume das exportações brasileiras de carne de frango para a Arábia Saudita.

O ministério disse ainda que está examinando o relatório da Arábia Saudita, elaborado após missão no ano passado, e encaminhará aos estabelecimentos as recomendações apresentadas.

BRF E EMBAIXADA

No caso da BRF, segundo fontes que falaram à Reuters na condição de anonimato, duas unidades foram desabilitadas para exportar frango para os sauditas, sendo uma em Goiás e outra no Sul do país.

De acordo com uma das fontes, para minimizar perdas, haverá uma mudança no 'mix' de produção em algumas plantas que não foram afetadas pela decisão do país árabe, e que continuam credenciadas.

Já as unidades impactadas terão sua produção mais voltada para demanda interna.

'Será feito um ajuste e um rearranjo. Isso não é automático. Deve levar um a dois meses', explicou.

'O impacto não será de um volume expressivo', acrescentou uma segunda fonte.

Em paralelo, a Arábia Saudita vem adotando medidas para aumentar a produção interna e reduzir as importações de carnes de frango, segundo as fontes.

Esses foram os primeiros sinais de que a venda para lá poderia ser impactada no futuro. Os sauditas chegaram a questionar, por questões religiosas, como era feito o abate de frango em unidades brasileiras, o que levou a uma adaptação nas unidades à tradição muçulmana.

A possibilidade de o Brasil mudar a sede de sua embaixada em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, medida que desagrada nações muçulmanas, também foi citada, mas como uma questão secundária.

'Vemos como um decisão comercial, mas a mudança (eventual) de embaixada para Jerusalém foi um combustível a mais', disse a primeira fonte.

O presidente em exercício, Hamilton Mourão, disse nesta terça-feira que a Arábia Saudita poderia estar se 'antecipando ao inimigo' ao comentar a decisão daquele país de desabilitar cinco unidades frigoríficas brasileiras de carne de frango que exportam o produto para lá.

Questionado se a decisão saudita seria uma retaliação a uma eventual mudança da embaixada, Mourão respondeu em breve fala à imprensa: 'a embaixada não está mudada ainda, né? Pessoal está se antecipando ao inimigo'.

(Por Ana Mano)

Escrito por Thomson Reuters

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