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Com aval externo, Ibovespa sobe e amplia ganho no mês à espera de corte da Selic

Placeholder - loading - Bolsa de Valores B3 28/10/2021 REUTERS/Amanda Perobelli
Bolsa de Valores B3 28/10/2021 REUTERS/Amanda Perobelli

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SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa subiu nesta sexta-feira, fechando uma semana praticamente estável, uma vez que a desaceleração do último IPCA-15 combinada com o avanço do novo marco fiscal validaram apostas de uma antecipação dos cortes na Selic pelo Banco Central.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,77%, a 110.905,51 pontos, contabilizando uma variação positiva de 0,15% na semana. A última perda semanal do Ibovespa ocorreu na semana encerrada em 21 de abril.

No acumulado do mês, o Ibovespa valoriza-se 6,20%, o que, se confirmado, seria o melhor desempenho mensal desde janeiro de 2022.

O volume financeiro nesta sexta-feira somou 22 bilhões de reais.

'Fechando a semana com saldo positivo no front doméstico', resumiu a equipe da Mirae Asset, destacando o IPCA-15 de maio, com desaceleração nos serviços e núcleos, assim como a aprovação do marco fiscal na Câmara dos Deputados por margem ampla e a perspectiva de o Senado votá-lo em junho.

Para a equipe da corretora, esse ambiente deve abrir espaço para o início do ciclo de corte da taxa Selic, atualmente em 13,75% ao ano. 'Dúvida permanece sobre o 'timing'', ponderou.

Na visão do diretor de investimentos da Reach Capital, Ricardo Campos, a alta do Ibovespa reflete razões desde preços de ações descontados e melhora dos mercados externos com avanço das negociações sobre a dívida norte-americana até notícias locais, incluindo dados melhores de inflação e a tramitação da regra fiscal.

A desaceleração do IPCA-15, destacou ele, abre espaço para antecipar a queda dos juros no Brasil, o que tende a ser benéfico para as ações na bolsa paulista, particularmente os papéis de empresas sensíveis à economia doméstica.

Perto do fechamento, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o país está prestes a ter um início de ciclo de queda de juros.

Em Wall Street, o último pregão da semana também foi positivo, à medida que as negociações entre governo e republicanos sobre o teto da dívida norte-americana pareciam perto de um acordo.

Após várias rodadas de discussões, o presidente Joe Biden e o líder republicano no Congresso, Kevin McCarthy, estão finalizando um acordo para aumentar o teto de dívida do governo de 31,4 trilhões de dólares por dois anos, ao mesmo tempo em que limitam os gastos em várias áreas, segundo uma autoridade.

O vice-secretário do Tesouro dos EUA, Wally Adeyemo, também disse nesta sexta-feira que os parlamentares estão progredindo nas discussões.

O rali recente do Ibovespa, que no começo do mês quase perdeu o patamar dos 101 mil pontos, ocorre mesmo com os números da B3 mostrando saldo negativo de capital externo em maio. Até o dia 24, as saídas superavam as entradas em 2,2 bilhões de reais, conforme dados que excluem ofertas de ações (IPOs e follow-ons).

DESTAQUES

- VALE ON avançou 2,28%, a 66,33 reais, após cinco quedas consecutivas, período em que acumulou uma perda de mais de 7%. A recuperação parcial era apoiada pela alta dos futuros do minério de ferro na Ásia, após uma semana negativa. O contrato mais líquido em Dalian, na China, encerrou as negociações diurnas com alta de 4%, a 709,50 iuanes.

- PETROBRAS PN fechou com elevação de 1,32%, a 26,8 reais, favorecida também pela alta dos preços do petróleo no exterior, onde o Brent avançou 0,9%. Analistas do UBS BB elevaram o preço-alvo das ações da companhia de 20 reais para 22 reais, mas a recomendação de 'venda' foi mantida. A Petrobras retomou pedido de licenciamento para perfuração em poço na Foz do Amazonas.

- ITAÚ UNIBANCO PN perdeu força e caiu 0,77%, a 27,04 reais, o que ajudou a tirar o Ibovespa das máximas, com BRADESCO PN também enfraquecendo para fechar estável, a 16,12 reais. BANCO DO BRASIL ON cedeu 0,58%, enquanto SANTANDER BRASIL UNIT avançou 0,14%.

- CVC BRASIL ON disparou 11,19%, a 2,98 reais, após fortes perdas nos últimos três pregões, de mais de 16% no total. A companhia anunciou na véspera Carlos Wollenweber como novo diretor financeiro. Um dia antes, a operadora de turismo comunicara a renúncia de seu presidente-executivo. Ainda não há um nome definido para esse cargo.

- GOL PN e AZUL PN terminaram com acréscimos de 6,66% e 2,76%, respectivamente, a 8,33 reais e 16,03 reais, com movimento de investidores adicionando papéis de beta mais elevado e sensíveis ao mercado doméstico em suas carteiras.

- ASSAÍ ON recuou 1,98%, a 11,4 reais, tendo de pano de fundo um cenário competitivo mais desafiador e uma desaceleração da inflação dos alimentos. O UBS BB também cortou estimativas para os lucros do Assaí em 2023 e 2024 e reduziu o preço-alvo da ação de 25 reais para 16 reais, mas manteve a recomendação de 'compra'. Os analistas do banco também diminuíram as previsões para os lucros do Carrefour Brasil neste e no próximo ano e o preço-alvo passou de 13 reais para 11,50 reais. CARREFOUR BRASIL ON caiu 0,41%.

- CIELO ON recuou 3,19%, a 4,85 reais, tendo no radar resultado do PagSeguro, que mostrou crescimento de receitas, enquanto o volume total processado (TPV) teve o pior resultado em um ano. Em Nova York, onde as ações são negociadas, PAGSEGURO desabou 13,9%, a 10,44 dólares. A companhia também anunciou uma mudança de marca, passando a se chamar agora PagBank.

(Por Paula Arend Laier)

Escrito por Reuters

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