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Combate à violência estimula empresas de defesa apesar de dúvidas sobre economia brasileira

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Por Gabriel Stargardter

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Empresas de defesa e segurança globais reunidas na maior feira de segurança da América Latina, realizada nesta semana no Rio de Janeiro, esperam que as iniciativas de combate à violência Brasil impulsionem as vendas, apesar de se preocuparem com as incertezas econômicas e o clima político tenso.

Eleito com a promessa de combater a corrupção e a violência crescente, o presidente Jair Bolsonaro prometeu não ter perdão com os criminosos, mas suas primeiras semanas no cargo foram ofuscadas por disputas internas, atritos com o Congresso e uma economia vacilante, que estão prejudicando seus índices de aprovação e provocando dúvidas sobre a capacidade de honrar promessas.

'As preocupações com a segurança pública são um assunto de destaque, seja em eleições presidenciais ou estaduais, e certamente esperamos que isso traga bons resultados para nossa empresa', disse Elton Borgonovo, gerente nacional de Motorola Solutions, que divulga sua tecnologia de câmeras corporais.

Bolsonaro está tendo dificuldade para fazer avançar a prioritária reforma da Previdência, abrir a economia do país e acelerar a recuperação após uma longa recessão.

Para empresas que dependem de contratos com governos estaduais e federais, o sucesso provavelmente dependerá do estado das finanças públicas brasileiras, disse Jean-Luc Alfonsi, vice-presidente da Helibras, fabricante de helicópteros e subsidiária da Airbus .

Por isso a aprovação da reforma previdenciária é crucial, acrescentou, sendo uma condição necessária para os governos brasileiros e os consumidores particulares terem estabilidade financeira para fazer grandes compras.

'As finanças públicas são resultado de políticas, então estamos esperando para ver se o novo governo e parlamentares trabalharão juntos para clarear a política orçamentária do país', disse.

Marcos Fellipe, representante de vendas da companhia de produtos químicos, de defesa e aeroespacial IPI do Brasil, unidade local da empresa norte-americana Island Group Enterprises, disse ter esperança de que Bolsonaro afrouxará as restrições comerciais e atacará a burocracia.

'Mas até agora, não vi nenhuma mudança', observou, acrescentando que, depois de participar de três edições da Feira Internacional de Segurança Pública e Corporativa (Laad, na sigla em inglês), nunca viu uma mais vazia, o que atribuiu ao estado da economia brasileira.

Pouco depois de tomar posse, Bolsonaro assinou um decreto tornando mais fácil a compra de armas -- uma medida que Fellipe achava que reforçaria seu negócio de munição. No entanto, ele disse que o movimento para afrouxar os controles de armas, que ele chamou de 'tímido', não teve nenhum efeito perceptível nas vendas.

Um dos ganhadores imediatos do decreto de armas de Bolsonaro foi a fabricante brasileira de armas Taurus , cujas ações subiram antes da medida, mas desde então caíram.

Falando na Laad na terça-feira, o presidente da Taurus, Salesio Nuhs, elogiou o governo Bolsonaro.

'O Brasil está em uma fase melhor. Nós acreditamos que esse governo realmente vai trazer crescimento para o nosso país e nosso segmento, evidentemente, as coisas vão melhorar muito', disse ele à Reuters.

Outros, no entanto, queriam de ver o Brasil se abrir mais, com novas propostas para empresas internacionais que tem sofrido para se consolida em toda a América Latina nos últimos anos.

'Eu gostaria de ver mais negócios... e espero que o Brasil saia da crise para impulsionar esses projetos', disse Bernhard Brenner, vice-presidente executivo de marketing e vendas da Airbus Defence and Space.

Ele acrescentou que ainda é cedo demais para saber se o foco de Bolsonaro em questões de defesa se traduzirá em melhores vendas.

'Pergunte-me daqui a dois anos', disse.

(Reportagem adicional de Sérgio Queiroz)

Escrito por Thomson Reuters

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