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Congresso não é delegacia de polícia, diz Lira às vésperas de instalação da CPI da Covid

Placeholder - loading - Presidente da Câmara, Arthur Lira 07/01/2021 REUTERS/Bruno Kelly
Presidente da Câmara, Arthur Lira 07/01/2021 REUTERS/Bruno Kelly

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Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), avaliou nesta segunda-feira, véspera de instalação da CPI da Covid no Senado, que uma investigação do Legislativo neste momento é uma 'perda de tempo' e poderá atrasar votações importantes.

Lira lembrou que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) irá demandar ações e estruturas do Legislativo, do Executivo Federal, de Estados e municípios.

'É perda de tempo neste momento se instalar uma CPI, porque o Congresso não é delegacia de polícia neste momento, é a Casa de leis. Neste momento precisamos produzir que facilitem a vida do cidadão', disse o presidente da Câmara em entrevista à Jovem Pan.

'Neste momento em nada vai contribuir para a diminuição de mortes ou o aumento de vacinas, que é o que nós precisamos', afirmou.

O presidente da Câmara já declarava essa posição mesmo antes de se eleger para o comando da Câmara, assim como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que fiava-se na prerrogativa de analisar a conveniência e o momento oportuno para determinar a criação e instalação da CPI.

Pacheco, no entanto, se viu forçado a criar a comissão a partir de decisão monocrática do ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, depois chancelada pelo plenário da corte.

'Estamos brigando com nós mesmos, politizamos demais a crise', avaliou Lira nesta segunda.

'Nós agora estamos às vésperas da instalação de uma CPI. Eu continuo na mesma posição: não seria o momento de todos nós estarmos focados em encontrarmos soluções, vacinas, situações de convívio em vez de estarmos agora neste momento paralisando uma das Casas --porque vai paralisar-- para tentarmos encontrar culpados?', disse.

Questionado, o presidente da Câmara também comentou os mais de 100 pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro e a iniciativa de partidos, movimentos sociais, juristas e lideranças religiosas que discutem a unificação de vários dos argumentos já apresentados para compilar um 'superpedido'.

Lira considerou a movimentação e a pressão naturais, uma vez que o país está 'dividido', referindo-se aos índices de apoio a Bolsonaro e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

'É normal, é democrático. O Brasil está literalmente dividido. Você tem aí um ex-presidente com 30%, e o atual presidente com 30%', avaliou.

Lira lembrou ainda que cabe ao presidente da Câmara não apenas avaliar os fatos e argumentos das peças, mas também a 'oportunidade' e a 'conveniência' de dar prosseguimento a elas. Segundo ele, 90% a 95% dos pedidos 'não têm absolutamente nenhuma razão de ter sido apresentado, a não ser um fato político que queira se gerar', e alguns outros têm 'muito pouca coisa'.

'Então neste momento, neste momento, não é conveniente você tratar de um assunto dessa gravidade com esse tamanho. Então qualquer pedido de impeachment precisa ser oportunizado, é uma mudança drástica na sociedade brasileira.'

O deputado voltou a dizer que 'no tempo adequado' irá analisar e se pronunciar sobre os pedidos 'de forma responsável'.

'Quem errou, se errou, quem cometeu erros, dolo, falta de boa gestão no recurso público com relação à Covid, estará necessariamente responsabilizado no tempo adequado.'

Escrito por Reuters

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