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Coreia do Norte dispara ICBM após condenar medidas de 'guerra' dos EUA

Placeholder - loading - Pessoas assistem em estação ferroviária de Seul notícia de telejornal sobre aparente lançamento de míssil balístico intercontinental pela Coreia do Norte 18/12/2023 Yonhap via REUTERS
Pessoas assistem em estação ferroviária de Seul notícia de telejornal sobre aparente lançamento de míssil balístico intercontinental pela Coreia do Norte 18/12/2023 Yonhap via REUTERS

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Por Soo-hyang Choi e Kantaro Komiya

SEUL/TÓQUIO (Reuters) - A Coreia do Norte disparou um míssil balístico intercontinental (ICBM) na segunda-feira, que tem alcance para atingir qualquer lugar dos Estados Unidos, disseram a Coreia do Sul e o Japão, marcando seu segundo lançamento em poucas horas, já que Pyongyang condenou uma demonstração de força liderada pelos EUA como movimentos de 'guerra'.

O míssil tem potencial para viajar mais de 15.000 km, o que significa que pode atingir qualquer lugar no Japão e na parte continental dos Estados Unidos, disse o vice-ministro da Defesa do Japão, Shingo Miyake.

O Conselho de Segurança Nacional da Coreia do Sul disse que se tratava de um ICBM de combustível sólido, classificando o lançamento como um ato desestabilizador que ignorou os avisos internacionais e várias resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, ordenou a atualização da operação efetiva de 'dissuasão nuclear' pela Coreia do Sul e pelos Estados Unidos, acrescentou o conselho.

Coincidindo com o quinto lançamento norte-coreano de um ICBM no ano, a China e a Coreia do Norte realizaram uma reunião de alto nível em Pequim nesta segunda-feira. Pequim, que é o aliado mais próximo de Pyongyang, reafirmou o compromisso de aprofundar a cooperação e disse que as discussões cobriram questões de 'preocupação comum', sem entrar em detalhes.

Como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, a China apoiou todas as resoluções que impuseram sanções à Coreia do Norte até 2017 por seu desenvolvimento de armas, mas desde então se recusou a apoiar outras sanções, dizendo que elas só aumentariam as tensões.

O míssil de segunda-feira foi disparado de uma área próxima à capital Pyongyang em direção ao mar na costa leste do Norte e voou cerca de 1.000 km, informou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul.

O Ministério da Defesa do Japão informou que o voo durou 73 minutos, pouco menos do que os 74 minutos de voo de um ICBM disparado pela Coreia do Norte em julho. O míssil atingiu uma altitude máxima de mais de 6.000 km e caiu no mar a oeste de Hokkaido, fora da zona econômica exclusiva do Japão, disse a pasta japonesa.

A área próxima ao aeroporto internacional que serve Pyongyang é o local de onde a Coreia do Norte lançou ICBMs anteriormente e suspeita-se que seja o local de uma instalação de montagem de mísseis.

Os mais recentes ICBMs Hwasong-18 de combustível sólido da Coreia do Norte foram lançados perto de Pyongyang, em um campo gramado que, segundo analistas, provavelmente é reforçado com concreto para o veículo de lançamento pesado.

O lançamento do míssil desta segunda-feira ocorreu depois que a Coreia do Norte disparou um míssil balístico de curto alcance na noite de domingo, voando cerca de 570 km e caindo no oceano.

A Coreia do Norte acompanhou esse lançamento com uma declaração inflamada condenando os Estados Unidos por orquestrar o que chamou de 'prévia de uma guerra nuclear', incluindo a chegada de um submarino de propulsão nuclear à Coreia do Sul no domingo.

SUBMARINO DOS EUA VISITA A COREIA DO SUL

O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, conversou com seus colegas sul-coreanos e japoneses e enfatizou a importância do compartilhamento de dados de alerta de mísseis, informou a Casa Branca.

O gabinete presidencial da Coreia do Sul também disse que as autoridades discutiram um trabalho mais próximo para impedir as atividades cibernéticas ilícitas e os negócios estrangeiros ilegais da Coreia do Norte.

Os aliados têm trabalhado para estabelecer um sistema de compartilhamento de dados de mísseis em tempo real, mas ainda faltam 'alguns dias' para entrar em operação, disse o Ministério da Defesa da Coreia do Sul.

Na sexta-feira, após uma reunião de alto nível entre autoridades norte-americanas e sul-coreanas sobre o uso de armas militares estratégicas dos EUA para deter a ameaça militar da Coreia do Norte, Washington alertou que qualquer ataque nuclear levaria ao fim do regime.

A Coreia do Norte afirma que tem o direito soberano de operar um programa de mísseis balísticos para autodefesa e rejeita a proibição imposta pelo Conselho de Segurança, que, segundo ela, é produto da política hostil dos EUA.

Após o lançamento de domingo, o Ministério da Defesa da Coreia do Norte criticou os 'gângsteres militares' dos Estados Unidos e da Coreia do Sul por aumentarem as tensões com exercícios, demonstrações de força e planejamento de guerra nuclear.

A declaração de um porta-voz não identificado do ministério citou a chegada do submarino norte-americano de propulsão nuclear Missouri à cidade sul-coreana de Busan no domingo.

As visitas de submarinos nucleares dos EUA eram raras anteriormente, mas aumentaram com os acordos entre Seul e Washington, que impulsionaram a chegada de ativos militares dos EUA.

O USS Carl Vinson, um porta-aviões dos EUA, também visitou Busan no mês passado como parte de um esforço para aumentar a dissuasão contra os programas nucleares e de mísseis da Coreia do Norte.

O Ministério da Defesa da Coreia do Norte também condenou a reunião das autoridades sul-coreanas e norte-americanas em Washington como outro sinal de esforços para agilizar os preparativos de guerra e uma demonstração de força provocativa.

Os Estados Unidos e a Coreia do Sul aumentaram a intensidade dos exercícios militares conjuntos contra as crescentes ameaças do Norte, que testou uma série de mísseis balísticos e, em novembro, lançou seu primeiro satélite espião militar.

(Reportagem de Soo-hyang Choi, Hyonhee Shin e Josh Smith, em Seul; Kantaro Komiya, Kaori Kaneko e Mariko Katsumura, em Tóquio, e Ryan Woo, em Pequim)

Escrito por Reuters

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