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Deem uma segunda olhada em acordo sobre Brexit, pede premiê britânica a parlamentares

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Por Kylie MacLellan

LONDRES (Reuters) - A primeira-ministra britânica, Theresa May, pediu nesta segunda-feira aos parlamentares que deem uma “segunda olhada” em sua proposta para deixar a União Europeia, num esforço de última hora para convencer um Parlamento que parece prestes a rejeitar o acordo.

O destino da saída da Grã-Bretanha da União Europeia, marcada para 29 de março, está incerta diante da previsão de que o Parlamento rejeite o acordo proposto por May, abrindo caminho para diversas possibilidades, que vão desde uma separação desordenada até uma completa reversão do Brexit.

Na pior crise na política britânica em ao menos meio século, May e líderes da UE trocaram mensagens otimistas sobre o acordo de separação proposto por ela, embora haja poucos sinais de que parlamentares rebeldes tenham reconsiderado.

Em um discurso numa fábrica de louças em Stoke-on-Trent, cidade no centro da Inglaterra favorável à saída, May disse ser mais provável que o Brexit seja completamente interrompido pelos parlamentares e não que haja uma separação sem acordo.

Em seguida, ela voltou ao Parlamento, onde pediu a parlamentares que deem uma nova chance a seu acordo, acenando com garantias de Bruxelas obtidas por ela e alertando sobre o risco de fragmentação do Reino Unido caso a proposta seja rejeitada.

“Eu digo a todos os membros de todos os lados desta Casa, seja lá o que você concluiu anteriormente, ao longo destas próximas 24 horas, dê uma segunda olhada neste acordo”, disse ela.

“Não, não é perfeito. E sim, é um comprometimento”, disse ela, pedindo em seguida que reflitam sobre como qualquer decisão será julgada pela história.

May se recusou a ceder em seu acordo, mesmo com críticas de toda parte. A rejeição à proposta, que prevê laços econômicos próximos com a UE, conseguiu unir os dois lados opostos no debate – parlamentares pró-UE que veem o acordo como o pior dos mundos, e os apoiadores do Brexit que acusam a proposta de transformar o Reino Unido em Estado vassalo.

Voltando-se ao seu Partido Conservador em uma reunião privada, May voltou a alertar parlamentares contra incentivar as divisões no Reino Unido por conta do Brexit e contra permitir que o oposicionista Partido Trabalhista e seu líder, Jeremy Corbyn, assumam a dianteira.

'Ela disse... eu só quero que vocês se concentrem em duas coisas: temos que entregar o Brexit... e dois, nós temos que manter Jeremy Corbyn o mais distante possível do número 10 (de Downing Street, residência oficial do primeiro-ministro)', disse o parlamentar Nadhim Zahawi a jornalistas depois da reunião, acrescentando que May estava relaxada.

Mas dois apoiadores do Brexit deixaram a reunião mais cedo, afirmando que não mudaram de ideia e que vão se opor ao acordo.

Com a União Europeia tentando se preparar para uma jornada imprevisível, a Espanha disse que o bloco poderia concordar em estender o prazo para o Brexit, mas somente até as eleições para o Parlamento Europeu, marcadas para maio.

Como parte do esforço para conseguir que o acordo seja aprovado pelo Parlamento britânico, a UE e o governo de May deram algumas garantias em uma troca de cartas coreografada nesta segunda-feira.

A UE disse a May que estava comprometida em encontrar maneiras de evitar o desencadeamento do 'backstop irlandês', um mecanismo para evitar o retorno de uma fronteira dura na Irlanda, em seu acordo com o Brexit e que esse compromisso tinha peso legal.

Em uma resposta conjunta às perguntas de May, o presidente da Comissão Européia, Jean-Claude Juncker, e o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, afirmaram que a UE se comprometeu a tentar chegar a um acordo pós-Brexit até o final do ano que vem para evitar o uso do impopular mecanismo 'backstop'.

Embora enfatizando que nada em sua carta poderia ser visto como uma mudança ou inconsistência com o esboço do acordo acertado com May no mês passado, eles disseram que o compromisso para um rápido acordo comercial feito pelos líderes da UE tinha 'valor legal'.

Escrito por Thomson Reuters

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