Disputa entre China e Filipinas sobre navio de guerra aterrado esquenta
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Por Ella Cao, Liz Lee e Karen Lema
PEQUIM/MANILA, 8 Ago (Reuters) - A China pediu novamente às Filipinas para rebocar um navio de guerra encalhado - uma embarcação da Segunda Guerra Mundial agora usada como posto militar - de um banco de areia disputado, nesta terça-feira, depois que Manila rejeitou a exigência anterior de Pequim.
As tensões aumentaram entre os dois vizinhos a respeito do Mar do Sul da China sob o presidente filipino Ferdinand Marcos Jr, com Manila se voltando para os Estados Unidos, que apoiam a nação do Sudeste Asiático em suas disputas marítimas com a China.
A embaixada da China em Manila criticou Washington por 'reunir' seus aliados para continuar 'exaltando' a questão do Mar do Sul da China e o incidente do barco.
'O Mar do Sul da China não é um 'parque safári' para países fora da região fazerem travessuras e semearem discórdia', disse a embaixada em um comunicado nesta terça-feira.
O Second Thomas Shoal, que fica dentro da zona econômica exclusiva das Filipinas, é o lar de alguns soldados que vivem a bordo do antigo navio de guerra Sierra Madre. Manila encalhou deliberadamente a embarcação em 1999 para reforçar suas reivindicações de soberania.
Manila tem acusado repetidamente a guarda costeira chinesa de bloquear missões de reabastecimento para suas tropas lá, como fez em 5 de agosto, quando disparou canhão de água em um navio filipino.
A China afirma que a ocupação do banco de areia pelas Filipinas é ilegal.
Os militares filipinos descreveram as ações da guarda costeira chinesa no sábado como 'excessivas e ofensivas'. A China disse que o incidente foi um 'aviso' e que sempre exerceu 'contenção racional'.
O Ministério da Defesa da China instou Manila na terça-feira a interromper todas as ações 'provocativas' e prometeu continuar tomando as medidas necessárias para salvaguardar a soberania e os direitos marítimos.
Escrito por Reuters
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