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Dólar recua com bloqueio de tarifas de Trump e decreto do IOF em foco

Dólar recua com bloqueio de tarifas de Trump e decreto do IOF em foco

Reuters

29/05/2025

Placeholder - loading - Notas de dólar 10/03/2023 REUTERS/Dado Ruvic
Notas de dólar 10/03/2023 REUTERS/Dado Ruvic

Atualizada em  29/05/2025

Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar à vista recuava ante o real nesta quinta-feira, à medida que os investidores reagiam à decisão de um tribunal dos Estados Unidos que bloqueou a maioria das tarifas do presidente Donald Trump, enquanto seguem de olho em notícias fiscais no Brasil.

Às 9h45, o dólar à vista caía 0,28%, a R$5,6798 na venda.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,18%, a R$5,682 na venda.

Os movimentos do real nesta sessão tinham como pano de fundo um maior apetite por risco nos mercados globais, depois que a Corte de Comércio Internacional, sediada em Manhattan, bloqueou as tarifas anunciadas por Trump em 2 de abril, em uma derrota para a política comercial do presidente dos EUA.

A corte afirmou que a Constituição dos EUA fornece ao Congresso autoridade exclusiva para regular o comércio com outros países, que não é anulada pelos poderes emergenciais do presidente para proteger a economia norte-americana.

Dessa forma, o tribunal invalidou, com efeito imediato, todas as ordens de Trump sobre tarifas desde janeiro que estavam baseadas na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional, destinada a lidar com ameaças 'incomuns e extraordinárias' durante uma emergência nacional.

A Casa Branca disse que estava apresentando um recurso para derrubar a decisão.

O anúncio da decisão veio como um alívio para os investidores, que têm demonstrado receios de que as tarifas de Trump possam provocar aumento da inflação global e uma recessão em vários países.

Entretanto, as tarifas sobre produtos específicos -- como aço, alumínio e automóveis -- seguem em vigor e a decisão pouco faz para afastar as incertezas comerciais, já que o governo Trump pode explorar outros meios legais para impor suas tarifas abrangentes.

'Os mercados ao redor do mundo exibem um viés positivo após a decisão do tribunal... Hoje o apetite por risco deve tomar conta do jogo', disse Guilherme Esquelbek, da Correparti Corretora.

O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,75%, a 99,640.

Na frente de dados, o governo norte-americano informou que a economia do país contraiu a uma taxa anualizada de 0,2% no primeiro trimestre do ano, em resultado um pouco melhor do que a estimativa inicial de retração de 0,3%.

Na cena doméstica, o mercado nacional acompanha o contínuo impasse sobre os aumentos das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) anunciados pelo governo na semana passada, com um recuo parcial horas depois.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na quarta-feira que, neste momento, não há alternativa ao decreto que aumentou o IOF para assegurar o cumprimento dos compromissos fiscais deste ano.

Nesta quinta, no entanto, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse em publicação no X que o 'clima é para derrubada' da medida na Casa, acrescentando que combinou que 'a equipe econômica tem 10 dias para apresentar um plano alternativo'.

Reuters

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