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Dólar se reaproxima da estabilidade com mercado de olho em Brasília e nas decisões sobre juros

Dólar se reaproxima da estabilidade com mercado de olho em Brasília e nas decisões sobre juros

Reuters

10/12/2025

Placeholder - loading - Pessoa conta notas de US$100 09/04/2025 REUTERS/Willy Kurniawan
Pessoa conta notas de US$100 09/04/2025 REUTERS/Willy Kurniawan

Atualizada em  10/12/2025

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO, 10 Dez (Reuters) - Após iniciar a sessão em baixa, o dólar se reaproximou da estabilidade ante o real nesta quarta-feira, com investidores à espera das decisões sobre juros do Federal Reserve e do Banco Central, enquanto monitoram as movimentações políticas em Brasília após a Câmara ter aprovado projeto que reduz as penas dos envolvidos na tentativa de golpe de Estado.

Às 9h41, o dólar à vista cedia 0,05%, aos R$5,4384 na venda.

Na B3, o contrato de dólar futuro para janeiro -- atualmente o mais líquido no Brasil -- caía 0,03%, aos R$5,4595.

Na madrugada desta quarta-feira, a Câmara aprovou o projeto de lei que reduz as penas de condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por atos relacionados à tentativa de golpe de Estado que culminou em 8 de janeiro de 2023, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

No caso de Bolsonaro, o período no regime fechado pode passar de quase 7 anos para 2 anos e 4 meses.

Na sessão de quarta-feira, a possibilidade de aprovação da proposta na Câmara havia contribuído para desacelerar a alta do dólar ante o real, em meio à leitura de que, com a redução de pena de Bolsonaro, aumentariam as chances de o senador Flávio Bolsonaro (PL), seu filho, desistir da candidatura à Presidência em 2026. Isso colocaria na disputa novamente o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o favorito do mercado.

Apesar da aprovação na Câmara, o projeto ainda precisa passar pelo Senado e, posteriormente, ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Se o texto for vetado por Lula, o Congresso ainda poderia votar pela derrubada do veto. Há ainda dúvidas sobre a postura do Supremo Tribunal Federal (STF) quanto à validade da proposta.

Assim, como o cenário sem a candidatura de Flávio é tortuoso, o mercado de câmbio mostra pouca disposição para ajustes mais intensos de baixa para o dólar.

A cautela também antecede a decisão sobre juros do Federal Reserve, à tarde, e do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, à noite. A expectativa majoritária do mercado é de que o Fed corte os juros em 25 pontos-base, para a faixa de 3,50% a 3,75%, e que o Copom mantenha a Selic em 15%.

O diferencial de juros entre Brasil e EUA tem sido apontado como um dos principais fatores para o país se manter atrativo ao capital externo, o que segura as cotações do dólar em níveis mais baixos.

Os investidores estarão atentos, no entanto, às mensagens do Fed e, em especial, do BC, em busca de pistas sobre a política monetária nos dois países nos próximos meses.

No início do dia, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA, o índice oficial de inflação, subiu 0,18% em novembro, acumulando 4,46% em 12 meses. Economistas ouvidos em pesquisa da Reuters projetavam taxas de 0,20% e 4,49%, respectivamente.

No exterior, às 9h41, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,11%, a 99,106.

Às 11h30, o Banco Central realiza leilão de 50.000 contratos de swap cambial para rolagem do vencimento de 2 de janeiro.

Reuters

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