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Dólar salta 1,5% e volatilidade bate máxima desde outubro com tensão externa

Placeholder - loading - Nota de dólar. 26 de maio de 2020. REUTERS/Dado Ruvic
Nota de dólar. 26 de maio de 2020. REUTERS/Dado Ruvic

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Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - A gangorra no mercado de câmbio se manteve e o dólar fechou em firme alta contra o real nesta quarta-feira, influenciado sobretudo pelo ambiente externo conservador, ainda por receios sobre a pandemia e agora por riscos de correção nos mercados globais após o rali dos últimos meses, em meio à sinalização do Federal Reserve.

O dólar spot subiu 1,50%, a 5,4032 reais na venda, após despencar 2,71% na véspera.

No exterior, o índice do dólar saltava 0,5%. A moeda dos EUA mostrava ainda mais força contra divisas emergentes, em alta de mais de 1% ante peso mexicano e rand sul-africano.

Wall Street guiava o sentimento global nesta sessão, com os índices de ações em queda de até 2,7% em meio a uma liquidação por rumores de que fundos estariam correndo para fechar posições depois de o mercado ter saltado 20% apenas nos últimos dois meses e 76% desde as mínimas da pandemia, tocadas em março do ano passado.

Em coletiva de imprensa após o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) ter mantido os juros perto de zero, o chair da instituição, Jerome Powell, disse que vulnerabilidades na estabilidade financeira são de forma geral moderadas e limitou-se a afirmar que a conexão entre juros baixos e preços dos ativos não é tão próxima quanto se pensa.

Analistas afirmam que o rali nos mercados globais --que ajudou o real a se valorizar desde a eleição norte-americana, no começo de novembro-- tem sido sustentado pela avalanche de estímulos monetários e fiscais que governos e BCs têm adotado desde o choque da pandemia.

'A combinação entre o guidance de política (monetária) e a resposta ao questionamento sobre estabilidade financeira ameaça dar luz ainda mais verde para um cada vez maior risco de irresponsabilidade tomado por alguns (no mercado)', disse Mohamed A. El-Erian, conselheiro econômico da Allianz e ex-CEO da Pimco.

O dia negativo no exterior elevou novamente a volatilidade no mercado doméstico, com uma medida de incerteza para a taxa de câmbio indo a máximas desde outubro do ano passado, mantendo o real como a moeda mais volátil do mundo.

Na véspera, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que o prêmio de risco das reformas é um dos fatores por trás desse fenômeno e que, nesse sentido, as expectativas em torno das eleições para as presidências da Câmara e do Senado também têm afetado os preços da moeda.

E analistas do Barclays esperam que o vaivém nos preços do dólar persista, embora considerem que o real tem espaço para alguma recuperação caso o cenário fiscal de 2021 fique mais claro.

No curto prazo, o Rabobank projeta que a moeda brasileira se manterá pressionada, mas em 12 meses o real poderá se valorizar para 4,95 por dólar, apoiado por altas de juros.

Escrito por Reuters

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