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Real fecha 1º mês do ano na lanterna; mercado aguarda eleições no Congresso de olho em fiscal

Placeholder - loading - 07/02/2011 REUTERS/Lee Jae-Won
07/02/2011 REUTERS/Lee Jae-Won

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Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em alta nesta sexta-feira, chegando a superar 5,50 reais, puxado pela combinação de ambiente externo avesso a risco e ajustes na comunicação do Banco Central, com o mercado na defensiva às vésperas das eleições para o comando das casas legislativas.

O dólar subiu 0,77%, a 5,4786 reais na venda. A moeda oscilou entre 5,507 reais (+1,30%) e 5,4222 reais (-0,26%).

Na semana, a cotação ficou no zero a zero e só não subiu devido ao tombo de 2,71% da terça-feira.

Em janeiro, a moeda saltou 5,53%, maior alta mensal desde março de 2020 (+15,92%), no estouro da pandemia de Covid-19. A valorização ocorreu após dois meses seguidos de perdas: de 2,90% em dezembro e 6,82% em novembro.

No exterior, moedas como peso mexicano e dólar australiano --consideradas termômetros do apetite geral por risco-- depreciavam, enquanto Wall Street sofria uma nova onda de vendas após incertezas sobre eficácia de vacina da J&J e receios sobre novas operações especulativas com ações.

O real até teve performance melhor que seus pares regionais na semana, mas no cômputo de janeiro a divisa mostrou o pior desempenho global --atrás até mesmo do nocauteado peso argentino.

A fraqueza da divisa brasileira está associada, entre outros motivos, aos juros baixos, que deixam a moeda mais vulnerável a apostas de venda, num contexto de ampla incerteza sobre os rumos da política fiscal.

O mercado considerou que declarações feitas na quinta pelo diretor de Política Econômica do Banco Central, Fabio Kanczuk, e pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, esfriaram apostas em alta breve dos juros, o que acabou golpeando o real já na quinta e também nesta sexta. O dólar despencou 2,7% na terça-feira, quando a ata do Copom indicou um BC mais disposto a elevar a Selic.

Nesta sexta, dados mostraram explosão do déficit primário em 2020 e dívida pública em um recorde perto de 90% do PIB.

'Diante da perspectiva de menor crescimento e das incertezas fiscais, o real deve se manter pressionado neste início de ano', disse o Bradesco em nota na qual rebaixou a perspectiva de expansão do PIB neste ano de 3,9% para 3,6%, citando o agravamento da pandemia.

'Enquanto não for descartada a hipótese de um estímulo fiscal amplo em 2021, a moeda tende a se manter bastante descolada dos pares', afirmou o banco privado, considerando, 'por ora', cenário-base em que a regra do teto será mantida e eventuais estímulos não comprometerão de maneira relevante a trajetória esperada para a dívida pública.

No fim do ano, o Bradesco espera que o dólar esteja em 5,00 reais.

De olho nos desdobramentos para a política fiscal, o mercado encerra a semana na expectativa pelas eleições, na semana que vem, para os comandos da Câmara e do Senado, com os dois candidatos publicamente apoiados pelo governo --Arthur Lira (PP-AL) para a Câmara e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) ao Senado-- mantendo favoritismo.

'Ontem o PR (presidente da República), finalmente, defendeu explicitamente a bandeira de austeridade fiscal da equipe econômica... Semana que vem, se confirmada a vitória do Lira e o discurso continuar alinhado, acho que vai ser muito positivo para os mercados', disse Marcos Mollica, gestor de fundos multimercados do Opportunity.

Escrito por Reuters

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