Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1

Dólar oscila pouco com incertezas comerciais e dados econômicos em foco

Dólar oscila pouco com incertezas comerciais e dados econômicos em foco

Reuters

25/07/2025

Placeholder - loading - Nota de dólar 01/06/2017 REUTERS/Thomas White
Nota de dólar 01/06/2017 REUTERS/Thomas White

Atualizada em  25/07/2025

Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar à vista oscilava pouco ante o real nesta sexta-feira, a caminho de fechar a semana em baixa, conforme persistem incertezas sobre a resposta do Brasil à ameaça dos Estados Unidos de impor tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, com uma série de dados também no radar.

Às 9h54, o dólar à vista subia 0,1%, a R$5,5266 na venda. Na semana, a moeda acumula queda de 1,1%.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,18%, a R$5,540 na venda.

Os movimentos do real nesta sessão tinham como pano de fundo a força da divisa norte-americana ante seus pares no exterior, com o dólar avançando sobre moedas fortes, como o iene e o euro, e emergentes, como o rand sul-africano e o peso chileno.

O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,37%, a 97,809.

Mas apesar da pressão externa, o principal foco dos investidores nacionais continua sendo as tensões comerciais entre Brasil e EUA, à medida que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva busca alternativas para evitar a taxa de 50% de Washington a partir de 1º de agosto.

Na mais recente atualização sobre o tema, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse na quinta-feira que conversou no sábado com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, a quem reiterou pedido de negociação sobre tarifas.

Mais cedo, em fala durante evento, Lula havia dito que o Brasil está pronto para negociar com os EUA caso o presidente norte-americano, Donald Trump, queira conversar.

O receio do mercado, entretanto, é que haja pouco espaço para discussões e contrapartidas do lado brasileiro, uma vez que Trump tem vinculado sua ameaça principalmente ao tratamento que o ex-presidente Jair Bolsonaro tem recebido do Supremo Tribunal Federal (STF) -- uma questão política, e não comercial.

Enquanto persistem incertezas sobre a disputa, os agentes têm preferido negociar com cautela, sem fazer grandes apostas para qualquer direção.

'Essa incerteza dos investidores em relação às políticas comerciais estimula o compasso de espera, faz com que investidores evitem assumir novas posições e de certa forma é levemente prejudicial ao real', disse Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.

Para além da tarifa dos EUA, o mercado brasileiro também voltava suas atenções para dados econômicos neste pregão.

No destaque do dia, o IBGE informou que o IPCA-15 acelerou a alta em julho apesar de nova queda nos alimentos, com a inflação em 12 meses se acomodando no nível de 5,3% a poucos dias da próxima reunião de política monetária do Banco Central.

Antes disso, a Fundação Getulio Vargas (FGV) relatou que a confiança dos consumidores brasileiros voltou a subir em julho, após queda no mês anterior, sendo impulsionada por melhoras tanto no indicador sobre a situação atual quanto na medida de expectativas para os próximos meses.

No cenário externo, o foco também está em torno do comércio, com expectativas de que os EUA possam anunciar um acordo comercial com a União Europeia, depois de alcançar um pacto tarifário com o Japão nesta semana.

Também no radar está a tensão entre o Federal Reserve e Trump sobre a taxa de juros dos Estados Unidos. Os membros do banco central dos EUA se reúnem na próxima semana e devem manter os juros inalterados novamente, apesar da pressão do presidente por cortes imediatos.

Reuters

Compartilhar matéria

Mais lidas da semana

 

Carregando, aguarde...

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.