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Dólar tem leve queda após instabilidade na sequência de Fed; fiscal doméstico segue no radar

Placeholder - loading - 10/09/2015  REUTERS/Ricardo Moraes
10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes

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Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar ampliou momentaneamente a queda contra o real após comentários do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, na reunião anual de Jackson Hole, mas logo recuperou terreno nesta quinta-feira, com o foco de investidores locais permanecendo nas dúvidas sobre a situação fiscal brasileira, que levaram a moeda norte-americana a uma máxima em mais de três meses na véspera.

Às 12:07, o dólar recuava 0,27%, a 5,5971 reais na venda, recuperando fôlego depois de ter caído 1,08% na mínima do dia, a 5,5520 reais, às 10h25. Na máxima da sessão, alcançada às 11h15, a divisa subiu 0,19%, a 5,6233 reais na venda.

O contrato mais líquido de dólar futuro perdia 0,17%, a 5,6030 reais.

Em sua aguardada reunião anual de Jackson Hole, o Federal Reserve apresentou nesta quinta-feira uma nova estratégia agressiva para levar os Estados Unidos de volta ao pleno emprego e conduzir a inflação a níveis mais saudáveis.

O banco central dos EUA buscará alcançar inflação de 2% em média ao longo do tempo, compensando períodos abaixo de 2% com inflação mais alta 'por algum tempo', e garantir que o emprego não fique aquém de seu nível máximo.

Foram nos primeiros minutos após o anúncio da mudança na política econômica do Fed que o dólar buscou as mínimas do dia contra o real, enquanto o Ibovespa também acelerou a alta, em meio à expectativa de juros menores nos Estados Unidos por mais tempo.

Mas, segundo Vanei Nagem, responsável pela mesa de câmbio da Terra Investimentos, a sinalização do Fed indica que os EUA ainda enfrentam um longo caminho de recuperação pela frente, o que também gerou pressão em divisas arriscadas pares do real.

Flávio Serrano, economista-chefe do banco Haitong, disse à Reuters que o movimento desta sessão mostra impacto maior dos ruídos políticos domésticos da véspera e da preocupação com as contas públicas e que as perdas do dólar registradas na maior parte da manhã foram um ajuste após os ganhos do pregão anterior.

A moeda norte-americana fechou a quarta-feira em alta de 1,54%, a 5,6124 reais na venda, depois de o presidente Jair Bolsonaro descartar publicamente proposta apresentada pelo Ministério da Economia para criação do programa Renda Brasil, levantando nova rodada de incerteza sobre a força do ministro da Economia, Paulo Guedes, dentro do governo.

'Temos percebido certo embate entre Guedes e Bolsonaro', disse Serrano. Segundo ele, o aumento de gastos públicos diante da pandemia --se não for acompanhado de aumento de impostos ou corte de gastos, de forma a equilibrar as despesas e respeitar o teto de gastos-- pode ter grande impacto negativo no mercado de câmbio, que tem absorvido boa parte dos riscos macroeconômicos.

Sidnei Moura Nehme, diretor executivo da NGO Corretora, disse em nota sobre as preocupações fiscais que 'as incertezas atuais são crescentes quanto às diretrizes e viabilidades para o país, e o mercado financeiro literalmente demonstra que, mais do que preocupado, está 'assustado' com os sinais de retrocesso'.

Escrito por Reuters

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