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Dólar acompanha exterior e recua ante real com precificação de vitória de Biden

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Casa de câmbio em São Paulo. REUTERS/Amanda Perobelli

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Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar operava em queda acentuada contra o real nesta terça-feira, acompanhando o comportamento da divisa norte-americana no exterior em meio à precificação de uma vitória do democrata Joe Biden nas eleições norte-americanas.

Enquanto isso, os mercados locais voltavam de um fim de semana prolongado de olho na notícia de que o Banco Central pode reavaliar sua orientação futura se houver piora do cenário fiscal.

Às 11:51, o dólar recuava 1,12%, a 5,6739 reais na venda, depois de ter caído a 5,6496 na mínima do pregão, seu menor patamar intradiário em uma semana. O dólar futuro negociado na B3 caía 1,26%, a 5,678 reais.

Em uma das datas mais esperadas do ano, os cidadãos da maior economia do mundo irão às urnas para decidir o resultado da acirrada disputa entre o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o ex-vice, Biden, que aparenta ter garantido alguma vantagem nos últimos dias.

Em uma pesquisa nacional, Biden apresentou na segunda-feira vantagem, com 52% das intenções de voto, enquanto casas de apostas britânicas apontavam nesta terça-feira para chances de mais de 60% de uma vitória democrata.

Embora 'ainda não (seja) possível definir um resultado concreto', o time econômico da Guide Investimentos destacou em nota que 'um mercado aparentemente mais otimista segue avaliando como boas as chances de uma 'onda azul', onde os democratas levam, além da presidência, a maioria nas Casas do Legislativo -–fato que auxiliaria na transição mais rápida do poder e, como consequência, a aprovação mais rápida de novos estímulos econômicos na maior economia do mundo.'

Desde que um pacote anterior de estímulo econômico expirou, ao final de julho, a Casa Branca e o Congresso dos EUA têm falhado em alcançar um acordo sobre novas medidas de auxílio fiscal, enquanto o partido republicano de Trump --que domina o Senado-- segue relutante em aprovar os gastos emergenciais trilionários desejados pelos parlamentares democratas.

Flávio Serrano, economista-chefe do banco Haitong, disse à Reuters que 'a percepção mais contemplada é de que Biden trará um dólar mais fraco', embora tenha ressaltado que essa é uma visão incerta, que pode não se concretizar.

Uma pesquisa da Reuters mostrou que as moedas da América Latina devem avançar ligeiramente com uma potencial vitória democrata, mas desafios domésticos continuarão a pesar após uma retomada inicial.

Além disso, acrescentou Serrano, se a aversão a risco relacionada à disseminação da Covid-19 nas principais economias retornar ao foco dos mercados, o dólar pode subir novamente.

'Hoje temos um dia um pouco mais calmo, ajudando ativos de risco, mas, recentemente, os mercados foram afetados por medo de uma situação mais adversa na Europa em países com estágio mais avançado da doença.'

No exterior, o índice do dólar contra uma cesta de pares fortes caía quase 0,5%, enquanto as moedas australiana, sul-africana e mexicana, cujo movimento o real tende a acompanhar, operavam em alta.

Enquanto isso, no Brasil, o foco ficava na ata do Copom, divulgada nesta manhã, que mostrou que o Banco Central pode reavaliar sua orientação futura se houver piora do cenário fiscal, destacando que a deterioração das contas públicas é uma das preocupações da autarquia.

Na semana passada, antes da divulgação da ata, os mercados pareceram surpresos com o posicionamento do BC, que manteve a porta aberta para possíveis cortes de juros à frente, passando a impressão para parte dos mercados de que não havia reconhecido os crescentes riscos fiscais do país.

'Para o Comitê, 'alterações de política fiscal que afetem a trajetória da dívida pública ou comprometam a âncora fiscal motivariam uma reavaliação, mesmo que o teto dos gastos ainda esteja nominalmente mantido'', explicaram em nota analistas da Levante Investimentos. 'Essa é uma sinalização importante, que mostra a pouca tolerância do BC com a flexibilização na prática do teto de gastos.'

Em meio a um ambiente de pouca segurança fiscal e juros extremamente baixos, o dólar acumula salto de cerca de 40% contra o real.

O BC fez nesta terça-feira leilão de swap tradicional para rolagem de até 12 mil contratos com vencimento em abril e agosto de 2021, em que vendeu a totalidade dos contratos ofertados.

Na última sessão, na sexta-feira, o dólar à vista teve queda de 0,44%, para 5,7383 reais.

Escrito por Reuters

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