Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1
Ícone seta para a esquerda Veja todas as Notícias.

Dólar tem leve baixa ante o real apesar de dados acima do esperado para inflação dos EUA

Placeholder - loading - Notas de real e dólar 18/12/2024. REUTERS/Amanda Perobelli/Illustration
Notas de real e dólar 18/12/2024. REUTERS/Amanda Perobelli/Illustration

Publicada em  

Atualizada em  

Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) -O dólar à vista tinha leve baixa ante o real nesta quarta-feira, apesar dos fortes ganhos da moeda norte-americana no exterior, onde investidores reagiam a dados de inflação nos Estados Unidos que vieram acima do esperado.

Às 11h21, o dólar à vista caía 0,14%, a 5,7601 reais na venda.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,01%, a 5,787 reais na venda.

No principal evento econômico do dia, o governo norte-americano informou que seu índice de preços ao consumidor acelerou em janeiro para alta de 0,5% na base mensal, de um avanço de 0,4% em dezembro. Em 12 meses, o índice passou a subir 3,0% em janeiro, ante alta de 2,9% no mês anterior.

Economistas consultados pela Reuters projetavam que o dado mensal desaceleraria para um ganho de 0,3% no mês passado, enquanto a taxa em 12 meses permaneceria inalterada em 2,9%.

Operadores passaram a apostar que o Federal Reserve terá que atuar de forma ainda mais cautelosa do que o previsto para retornar a inflação para sua meta de 2%, o que significa um adiamento ainda maior dos próximos cortes de juros.

A projeção do mercado agora é que a próxima redução de juros pelo Fed ocorrerá apenas a partir de setembro, ante expectativa anterior de junho, enquanto a possibilidade de um segundo corte neste ano ficou praticamente nula.

A perspectiva de juros mais altos nos EUA, que permite que os rendimentos dos Treasuries continuem elevados, favorece o dólar, já que torna os ativos norte-americanos mais atrativos para investidores estrangeiros.

A visão do Fed sobre a leitura de inflação pode já ser conhecida nesta quarta, uma vez que o chair Jerome Powell prestará depoimento ao Congresso dos EUA pelo segundo dia, desta vez na Câmara dos Deputados, a partir das 12h.

O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,37%, a 108,330.

Entre emergentes, a divisa norte-americana avançava sobre o peso mexicano, o rand sul-africano e o peso colombiano.

No Brasil, no entanto, o real tinha um desempenho melhor que seus pares e impedia o dólar de acumular ganhos, em movimento que, segundo analistas, não tinha uma causa muito clara.

De um lado, houve quem apontasse para o patamar ainda alto do dólar no Brasil por efeito da forte desvalorização do real no ano passado, o que ainda fornece espaço para um processo de correção do preço.

'Não vejo nada pontual ou específico atraindo a atenção do mercado e sim um desmonte de posições exageradamente defensivas realizadas no final do ano passado', disse Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.

'Em relação a nossos pares, a explicação para mim é justamente porque tivemos o pior desempenho entres os pares recentemente', completou.

Outros analistas, no entanto, apontavam para comentários do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em evento nesta manhã que teriam sido bem recebidos pelo mercado devido à sua demonstração de comprometimento com a perseguição da meta de inflação e com o aperto monetário.

Galípolo disse mais cedo que a autoridade monetária deve ter 'parcimônia' na observação de dados econômicos e destacou que deve ter uma função assimétrica para alta e baixa de juros, sendo mais agressivo na alta e mais cauteloso na baixa.

'As declarações de Galípolo também sinalizaram que futuras decisões serão baseadas em novos dados da economia, tanto no cenário doméstico quanto no internacional', afirmou Marcio Riauba, head da Mesa de Operações da StoneX Banco de Câmbio.

O mesmo efeito podia ser observado na curva de juros, em que as taxas dos DIs recuavam nesta sessão, apesar do forte aumento dos rendimentos dos Treasuries.

Os investidores também acompanham o desenvolvimento dos planos tarifários do presidente dos EUA, Donald Trump, após ele oficializar na segunda-feira a implementação de tarifas sobre as importações de aço e alumínio para o país.

A expectativa é que Trump anuncie tarifas recíprocas nos próximos dias, uma vez que ele tem prometido responder às taxas comerciais impostas por outros países às importações norte-americanas.

(Edição de Isabel Versiani e Camila Moreira)

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

  1. Home
  2. noticias
  3. dolar ronda estabilidade na …

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.