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Dólar salta com Fed citando redução de estímulos, mas se afasta de máximas

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Notas de real e dólar REUTERS/Ricardo Moraes

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Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) -O dólar saltou mais de 1% nesta quarta-feira, aproximando-se de 5,33 reais, impulsionado por um movimento global de fortalecimento da divisa norte-americana após o banco central dos Estados Unidos oferecer o primeiro sinal mais claro sobre futuras discussões internas acerca de redução de estímulos.

O dólar à vista fechou em alta de 1,17%, a 5,3167 reais na venda.

Na máxima de agora à tarde, alcançada após a divulgação da ata do Federal Reserve, a moeda foi a 5,327 reais (+1,37%). Um minuto antes de o documento vir a público, a cotação estava em 5,2796 reais, alta de 0,46%.

Na mínima, atingida por volta de 13h, o dólar tocou 5,2604 reais (+0,10%).

A reação de preço aqui foi puxada pelo exterior. O índice do dólar frente a uma cesta de moedas, que chegou a cair 0,12% nesta quarta, subia nesta tarde 0,4%, para 90,184, após ganhar 0,55% na máxima.

Veja gráfico da evolução intradiária do dólar contra o real (laranja), do dólar ante uma cesta de moedas (roxo) e dos rendimentos dos Treasuries de dez anos (verde):

O real teve um dos piores desempenhos do dia junto com divisas correlacionadas a commodities, como coroa norueguesa (-1,2%), dólar da Nova Zelândia (-1,3%) e dólar australiano (-1%). Moedas com esse perfil estiveram entre os destaques positivos recentemente pela crença do mercado de que o Fed manteria seu tom 'dovish' (pró-estímulos) na ata desta quarta.

'Algumas' autoridades do Federal Reserve pareciam prontas para começar a avaliar mudanças na política monetária dos Estados Unidos com base no rápido e contínuo progresso da recuperação econômica, de acordo com a ata da reunião de abril do banco central dos Estados Unidos, mas dados divulgados desde então já podem ter mudado esse cenário.

Depois da repercussão mais intensa nas moedas, operadores realizaram algum lucro tanto aqui quanto lá fora, o que ajudou a tirar o dólar das máximas da sessão. As bolsas de Nova York também amenizaram as perdas [.NPT].

'Acho que foi um susto e que, no fim, o Fed vai manter sua postura acomodatícia na política monetária', disse Fabrizio Velloni, economista-chefe da Frente Corretora, lembrando que a ata se refere a uma reunião que antecedeu a divulgação de dados de emprego norte-americano que vieram bem mais fracos que o esperado.

Sinal de que mais números decepcionantes podem estar a caminho, um índice de surpresa econômica para os EUA calculado pelo Citi está prestes a entrar em território negativo, o que em tese favoreceria manutenção do apoio à economia pelo Fed.

Confirmado esse quadro, o caminho seria de mais valorização para o real, especialmente porque aqui a economia parece estar em curva ascendente. Um indicador do Santander Brasil para serviços às famílias disparou 32% em maio sobre o mês anterior, com ajuste sazonal, refletindo expressiva recuperação da mobilidade social.

O setor de serviços, no qual está incluído o serviço às famílias, é o de maior peso no PIB e tem ficado para trás no processo de retomada desde o ano passado. Mas as expectativas melhores para a economia no segundo semestre implicam um impulso mais expressivo nesse segmento.

A perspectiva de maior força da atividade na segunda metade do ano ampara a visão do BTG Pactual de que o real pode continuar em apreciação no curto prazo. 'O avanço das reformas e a consolidação da vacinação (também) devem colaborar para a continuidade desse cenário de queda do risco e da volatilidade', afirmaram economistas do banco em relatório.

No cenário-base do banco (com 60% de probabilidade de materialização), o dólar fecha este ano em 5,30 reais, mas pode cair a 5,10 reais no cenário otimista (25%). No cenário pessimista (15%), a moeda fica em 5,60 reais.

O noticiário externo dominou a formação de preço do dólar no Brasil, num dia importante na CPI da Covid do Senado, que contou com a presença do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. [L2N2N62XY][L2N2N62WF] [L2N2N62NC] [L5N2N665F]

Escrito por Reuters

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