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Dólar tem viés de queda, mas com instabilidade em meio a dados dos EUA e noticiário sobre Covid-19

Placeholder - loading - 10/09/2015. REUTERS/Ricardo Moraes
10/09/2015. REUTERS/Ricardo Moraes

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SÃO PAULO (Reuters) - O dólar operava com variações moderadas ante o real nesta quarta-feira, mas com viés de baixa, com as operações locais atentas ao movimento da moeda no exterior em meio ao noticiário sobre o Covid-19 e após dados mais fortes nos Estados Unidos renovarem o apelo da divisa norte-americana.

O Federal Reserve informou nesta quarta-feira que a produção manufatureira aumentou 7,2% no mês passado, enquanto economistas consultados pela Reuters projetavam alta de 5,6%. [nZON000L2Q]

'Foi um crescimento sólido', disse o economista-chefe da Oxford Economics para os EUA, Gregory Daco.

Após a divulgação dos números, o dólar ganhou tração no Brasil, seguindo o exterior, antes de voltar a perder força.

Mas o real seguia atrás de vários de seus pares emergentes. Analistas dizem que o cenário nublado para a economia brasileira segue pesando sobre o real, deixando a moeda mais suscetível a oscilações amplas.

O Ministério da Economia manteve nesta quarta-feira sua projeção de queda para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 de 4,7%, mesmo número calculado em maio e melhor que a retração de 6,10% esperada por analistas consultados pelo Banco Central para a pesquisa Focus. [nL2N2EM0Y3]

Lembrando que o IBC-Br de maio, divulgado na véspera, veio mais fraco que o esperado pelo mercado, o Citi calcula que os números são consistentes com tombo de 9,5% para o Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre sobre o primeiro, o que por sua vez reforça expectativa do banco de declínio de 6,5% para a economia em 2020, pior que a mediana trazida pelo Focus.

Uma economia fraca desestimula ingresso de capital ao país, o que tende a exercer mais pressão de alta sobre o dólar.

O Banco Central atualizará os dados de fluxo cambial nesta quarta-feira. Os últimos números mostraram que julho começou com déficit de quase 400 milhões de dólares, segundo dados dos primeiros três dias, após saldo negativo de 2,885 bilhões de dólares em junho.

Às 11h53, o dólar à vista caía 0,33%, a 5,3305 reais na venda. Na mínima da sessão, a moeda recuou 1,05%, a 5,2921 reais, e subiu 0,35%, a 5,3672 reais, na máxima.

Na B3, o dólar futuro cedia 0,72%, a 5,3360 reais, depois de cair mais de 1,2% na mínima.

No exterior, o índice do dólar cedia 0,18%, após cair mais de 0,3% mais cedo.

Algum otimismo no mercado se mantinha após a norte-americana Moderna ter produzido uma vacina experimental contra o Covid-19 que provocou respostas imunológicas em todos os 45 voluntários saudáveis. Isso fortaleceu esperanças de que a pandemia possa ser controlada e, assim, economias possam avançar em processos de reabertura.

A safra de balanços corporativos nos EUA também seguia no radar, com o Goldman Sachs superando as estimativas de lucro trimestral por ampla margem. [nL2N2EM0SM]

No Brasil, o mercado analisava ainda dados de inflação medida pelo IGP-10 de julho, que saltou 1,91% sobre junho, quando avançou 1,55%.

Segundo a Infinity Asset, o índice superou o topo das projeções do mercado. O dado ajuda a frear apostas de que o Banco Central promova corte residual da Selic no próximo mês, expectativa que na véspera havia ganhado suporte com a leitura mais fraca do IBC-Br.

Com isso, reduz-se a pressão sobre o câmbio, devido à menor perspectiva de nova diminuição nos diferenciais de juros entre o Brasil e o mundo, um dos fatores citados por analistas para explicar a falta de apetite pela moeda brasileira.

(Por José de Castro)

Escrito por Reuters

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