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Economia do Brasil fica estagnada no 4º tri mas cresce 2,9% em 2023 com força do agro

Placeholder - loading - Consumidores fazem compras no centro de São Paulo 16/03/2020 REUTERS/Amanda Perobelli
Consumidores fazem compras no centro de São Paulo 16/03/2020 REUTERS/Amanda Perobelli

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Por Camila Moreira e Rodrigo Viga Gaier

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Brasil registrou crescimento de 2,9% em 2023 diante de um desempenho recorde da agropecuária, mas o Produto Interno Bruto (PIB) estagnou no quarto trimestre, encerrando com fraqueza um ano que começou com a atividade econômica dando mostras de resiliência.

O resultado do ano passado ficou apenas ligeiramente abaixo da taxa de 3,0% de crescimento em 2022. Tanto o governo quanto o BC esperavam expansão de 3,0% do PIB em 2023.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou taxa zero de crescimento no quarto trimestre na comparação com os três meses anteriores, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O IBGE ainda revisou o dado do terceiro trimestre também para uma estagnação frente ao segundo trimestre, depois de ter informado avanço de 0,1% anteriormente. No primeiro trimestre, a economia cresceu 1,3%, enfraquecendo a 0,8% no segundo, em dados também revisados para baixo pelo IBGE.

A leitura do quarto trimestre frustrou a expectativa em pesquisa de Reuters de um avanço de 0,1%.

Na comparação com o quarto trimestre de 2022, o PIB teve expansão de 2,1%, contra expectativa de 2,2% nessa base de comparação.

AGRO

Os dados do PIB mostram que o motor para o resultado de 2023 foi a Agropecuária, que cresceu 15,1% no ano, com forte desempenho nos primeiros meses do período, marcando um recorde na série que tem início em 1996.

“Um terço do crescimento da economia se deveu à agropecuária. A contribuição foi de 1 ponto percentual', destacou Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.

Ainda do lado da produção, os serviços -- setor que responde por cerca de 70% da economia do país -- avançou 2,4%. Já a indústria expandiu 1,6% sobre 2022, com destaque para indústrias extrativas, com alta de 8,7%, devido ao aumento da extração de petróleo e gás natural e de minério de ferro.

“Temos uma economia diversificada, mas agro e extrativa foram menos afetadas pela pandemia. As condições climáticas foram positivas no ano passado e os dois setores têm recebido muitos investimentos', disse Palis.

Do lado das despesas, o consumo das famílias no ano avançou 3,1%, em meio à resiliência do mercado de trabalho, programas governamentais de transferência de renda, inflação mais baixa e crescimento do crédito. As despesas do governo subiram 1,7%.

Mas a Formação Bruta de Capital Fixo, uma medida de investimento, apresentou retração de 3,0% em 2023.

'O segmento ainda tem sentido os efeitos cumulativos da política monetária restritiva e as condições mais apertadas do mercado de crédito', disse Rafael Perez, economista da Suno Research.

Em relação ao setor externo, as exportações de bens e serviços tiveram desempenho positivo de 9,1%, enquanto as importações recuaram 1,2%.

O quarto trimestre teve resultados positivos do lado da produção industrial e de serviços, com altas respectivamente de 1,3% e 0,3%, enquanto a agropecuária contraiu 5,3%. Já o consumo das famílias caiu 0,2%. O destaque foi o crescimento de 0,9% da Formação Bruta de Capital Fixo, depois de quatro trimestres seguidos de retração.

A economia brasileira iniciou o ano de 2023 surpreendendo com resultados positivos no primeiro semestre devido principalmente ao impulso do setor agrícola, mas conforme esse choque positivo se dissipava a atividade também passou a sofrer com os juros em patamar restritivo.

'Apesar da desaceleração no segundo semestre de 2023, acreditamos que a economia voltará a crescer em 2024. A Selic em trajetória de queda, a manutenção do mercado de trabalho aquecido e os estímulos fiscais por parte do governo federal devem ser os principais responsáveis pelo crescimento da economia', disse Claudia Moreno, economista do C6 Bank.

Para 2024 favorece o afrouxamento monetário promovido pelo Banco Central, que desde agosto tirou a taxa básica Selic do pico de 13,75% para o patamar atual de 11,25% ao ano. A inflação também vem ajudando já que se mostra sob controle, enquanto o mercado de trabalho segue resiliente. Tanto governo quanto BC já falam que o crescimento do Brasil este ano pode surpreender e ficar um pouco acima de 2%.

Escrito por Reuters

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