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Eleitorado jovem da Argentina vivencia eleição mais acirrada em uma geração

Placeholder - loading - Simón Rubinstein, de 17 anos, vota pela primeira vez na vida em eleições primárias da Argentina, em Buenos Aires 13/08/2023 REUTERS/Magalí Druscovich
Simón Rubinstein, de 17 anos, vota pela primeira vez na vida em eleições primárias da Argentina, em Buenos Aires 13/08/2023 REUTERS/Magalí Druscovich

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Por Magali Druscovich e Lucila Sigal

BUENOS AIRES (Reuters) - O adolescente argentino Tomas Kremenchuzky está se preparando para votar em sua primeira eleição presidencial no dia 22 de outubro, a mais acirrada e incerta ao longo de sua vida, na qual o candidato que aparece à frente nas pesquisas de opinião ameaça acabar com o modelo econômico do país.

Muitos jovens argentinos estão lutando para encontrar oportunidades em um país onde a crise do custo de vida e a inflação de três dígitos têm aumentado a cautela dos investidores após anos de volatilidade política e econômica.

Isso tem sido um fator importante para a popularidade do candidato favorito à Presidência, Javier Milei, um outsider ultraliberal de cabelos selvagens, que usa jaquetas de couro, canta músicas de rock para seus apoiadores, critica os políticos 'ladrões' e quer 'incendiar' o banco central.

'Por causa da maneira como Milei fala, eu acredito em tudo o que ele diz. Ele tem uma maneira de se expressar que atinge as pessoas', disse Kremenchuzky, apelidado de 'Toto', de 17 anos.

O adolescente, que vem de uma família abastada, joga futebol e estuda em uma escola particular de Buenos Aires, faz parte do eleitorado acima de 16 anos que pode votar nas eleições da Argentina.

Em uma votação aberta nas primárias de agosto, Toto votou na conservadora Patricia Bullrich -- o que ele atribui à influência de seus pais --, mas diz que poderia mudar seu voto em outubro para Milei se o ultraliberal o convencer nos debates eleitorais.

'Milei propõe algo diferente, que mais tarde, na prática, pode vir a ser muito bom -- ou muito ruim', disse.

No entanto, as opiniões sociais conservadoras de Milei e a promessa de cortes acentuados nos gastos do governo são desanimadoras para alguns eleitores jovens.

Rocio Pozzetti, de 16 anos, que frequenta uma escola pública de arte, teme que Milei acabe com as redes de segurança social, atingindo mais duramente os pobres. Ela vai votar no candidato do partido governista, Sergio Massa, apesar da turbulência econômica que ele tem enfrentado como ministro da Fazenda.

'Massa é o único candidato que representa meus ideais e pode construir um país melhor, com justiça social', disse Pozzetti. 'É preocupante que as pessoas apoiem Milei.'

Pozzetti, que estuda teatro e dança, disse que entende a raiva que leva as pessoas a abandonar o conhecido em favor do desconhecido.

'Acho que muitos votaram em Milei porque ele é um rosto novo e representa toda a raiva que todos têm da política e, por isso, puderam se identificar com ele', disse Pozzetti.

Noelle Chab, de 18 anos, moradora de Buenos Aires, votou em Milei nas primárias e o fará novamente em outubro porque acredita que ele representa a mudança e quer 'remover' o governo peronista.

'Javier Milei é o único que representa uma mudança na política argentina', disse Chab. 'É evidente que esse é o pior governo da história da Argentina, que causou muitos danos e continua causando danos.'

Todos os jovens eleitores disseram que se preocupam com as opiniões socialmente conservadoras de Milei, incluindo sua forte posição contra o aborto. O aborto foi legalizado na Argentina no final de 2020 e seria difícil de ser revertido.

Escrito por Reuters

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