ELN diz que condições de líder colombiano para conversas de paz são 'inaceitáveis'
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BOGOTÁ (Reuters) - Os rebeldes do Exército de Libertação Nacional da Colômbia (ELN) disseram nesta segunda-feira que as condições impostas pelo presidente Iván Duque para a continuação das conversas de paz, entre elas que a guerrilha liberte todos os reféns, são 'inaceitáveis', mas que pretendem soltar cativos mesmo assim.
Duque, que tomou posse no mês passado, disse que o grupo precisa soltar um total de 19 reféns antes de as conversas de paz iniciadas por seu antecessor serem retomadas. Em sua posse, no dia 7 de agosto, ele disse que levaria 30 dias para avaliar se continuaria ou não com as negociações, mas ainda não anunciou uma decisão final.
Na semana passada o ELN libertou três soldados em Arauca, província do leste do país, mas se acredita que o grupo ainda detém seis membros das forças de segurança em Choco, província às margens do Pacífico, além de 10 civis.
A libertação de reféns não é uma das precondições para as conversas combinadas no início das negociações, disse o ELN, nem a concentração de forças rebeldes em uma única área, algo que Duque também cogitou várias vezes como condição para o avanço do diálogo.
'Ao não reconhecer os acordos feitos com o Estado e acrescentar, unilateralmente, condições inaceitáveis, este governo está fechando a mesa de negociação, encerrando o processo de diálogo e os esforços feitos ao longo de vários anos pelo ELN, pela sociedade, pelo governo anterior e pela comunidade internacional', disse o grupo em um comunicado publicado em seu site.
O ELN está comprometido a soltar os cativos restantes, acrescentou o comunicado, apesar do envolvimento militar que disse ter complicado a entrega de reféns.
(Por Julia Symmes Cobb e Luis Jaime Acosta)
Escrito por Thomson Reuters
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