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Em tom eleitoral, Bolsonaro começa tour pelo Nordeste para tentar melhorar avaliação

Placeholder - loading - 07/12/2021 REUTERS/Adriano Machado
07/12/2021 REUTERS/Adriano Machado

Publicada em  

Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - Em dois dias de visitas e eventos a cinco cidades diferentes no Nordeste, o presidente Jair Bolsonaro iniciou nesta terça-feira uma ofensiva para tentar recuperar alguma popularidade na região, onde tem sua maior rejeição e menor intenção de votos para as eleições de 2022.

Em dois dias de viagem, Bolsonaro passará por Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, com quatro eventos relacionados a inauguração de partes do sistema de transposição do rio São Francisco. Além disso, vai pernoitar em Caicó (RN), onde fará uma motociata.

Em tom de pré-campanha, em seus discursos nesse primeiro dia de viagem, Bolsonaro atacou adversários, acusou os governos petistas de desvios de recursos e testou frases de efeito.

'É um governo que sempre esteve ao lado de vocês', disse, durante discurso em Jati (CE), segunda parada da viagem. 'Esse é um governo que faz por vocês.'

Em outro ponto, afirmou que tem sim sensibilidade social, mas que suas realizações nem sempre tem a devida divulgação.

'Aqui estamos mostrando as realizações do governo, e outras que não tem a devida divulgação', afirmou.

O presidente voltou a dizer que foi o governo federal que comprou todas as vacinas existentes no país para serem usadas contra a doença, mas deixou claro que a decisão de se vacinar ou não é individual.

Em Salgueiro (PE), onde começou o tour nordestino, Bolsonaro visitou o núcleo de controle operacional da transposição e participou de um evento em que reuniu ministros para tentar angariar para si os benefícios da obra.

'Um dia de funcionamento aqui equivale a 30 dias de carro-pipa. Uma obra que vai levar aquilo, está na Bíblia, água é vida', disse Bolsonaro em seu discurso.

Em um vídeo apresentado no início da cerimônia, a transposição é apresentada como uma obra que teria ficado parada devido a desvios até 2019, quando teria sido retomada e agora terminada por Bolsonaro.

Na verdade, a obra, iniciada em 2007, durante o segundo mandato de Lula, nunca parou e foi mantida durante os mandatos de Dilma Rousseff e de Michel Temer --que chegou a inaugurar, em 2017, o início do funcionamento do eixo leste. De acordo com dados do projeto Comprova, agência de verificação de dados, Bolsonaro assumiu quando 90% das obras da transposição já estavam prontas.

Ainda assim, auxiliado pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho --que dever ser candidato ao Senado ou ao governo do Rio Grande do Norte-- Bolsonaro fez uma programação em torno da transposição. Na agenda desta terça, além de Pernambuco, estavam Jati (CE), para um 'ato de liberação das águas do rio São Francisco para o Ceará', e São José de Piranhas (PB), para uma visita à barragem do Eixo Norte da transposição.

Na quarta, no Rio Grande do Norte --depois de fazer uma motociata em Caicó-- Bolsonaro fará uma visita à barragem de Oiticica, na cidade de Jucurutu. No mesmo Estado, fará uma cerimônia para a chegada das águas do São Francisco em Jardim de Piranhas. Na mesma cidade, pela manhã, participará de uma 'jeguiata'.

Em média 20 pontos atrás do ex-presidente Lula nas pesquisas de intenção de voto, Bolsonaro antecipou as ações eleitorais e pretende participar de todas as inaugurações possíveis até junho, além de investir em regiões onde pesquisas internas feitas pelo seu partido, o PL, tentam incentivar o crescimento.

De acordo com uma fonte ouvida pela Reuters, a pesquisa encomendada pelo PL repetem os mesmos números das pesquisas regulares, mas discussões qualitativas teriam apontado uma possibilidade de diminuição da rejeição se houver uma melhoria da economia. No Nordeste, o partido aponta para um investimento no aumento do valor do Bolsa Família, que teve o nome mudado para Auxílio Brasil.

A última pesquisa Datafolha, de dezembro, apontou que, à época, 67% dos eleitores do Nordeste não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum, enquanto a média nacional era de 60%. Na região, a pesquisa mostra uma enorme distância na intenção de votos entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva --61% a 17%.

Escrito por Reuters

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