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Em visita a Hiroshima e Nagasaki, Papa pede fim de armas nucleares

Placeholder - loading - Papa Francisco cumprimenta um sobrevivente de bomba atômica no Parque Memorial da Paz, em Hiroshima, Japão. 24/11/2019. Mídia do Vaticano via REUTERS. ESTA IMAGEM FOI FORNECIDA POR TERCEIROS
Papa Francisco cumprimenta um sobrevivente de bomba atômica no Parque Memorial da Paz, em Hiroshima, Japão. 24/11/2019. Mídia do Vaticano via REUTERS. ESTA IMAGEM FOI FORNECIDA POR TERCEIROS

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Por Philip Pullella

HIROSHIMA, Japão (Reuters) - O Papa Francisco levou neste domingo sua campanha para abolir armas nucleares às duas únicas cidades atingidas por bombas atômicas, classificando a posse de tais armas como indefensamente perversa e imoral e seu uso como crime contra a humanidade e a natureza.

Francisco visitou o marco zero de Hiroshima e o de Nagasaki, ambos queimados na consciência coletiva do mundo depois das bombas lançadas pelos Estados Unidos por três dias em agosto de 1945, em um esforço para terminar a Segunda Guerra Mundial.

'Aqui, em uma explosão incandescente de raios e fogo, tantos homens e mulheres, tantos sonhos e esperanças desapareceram, deixando para trás apenas sombras e silêncio', disse Francisco no Memorial da Paz de Hiroshima, depois de ficar em oração silenciosa e ouvir um relato angustiante de um sobrevivente.

Yoshiko Kajimoto, que tinha 14 anos na época, lembrava 'pessoas caminhando lado a lado como fantasmas, pessoas cujo corpo todo estava tão queimado que eu não sabia a diferença entre homens e mulheres, com os cabelos em pé, os rostos inchados a ponto de dobrarem de tamanho, os lábios soltos, com as duas mãos estendidas com a pele queimada pendurada neles.'

'Ninguém neste mundo pode imaginar tal cena do inferno', disse ela.

Mais de 100 mil pessoas morreram instantaneamente nos ataques e cerca de outras 400 mil perderam a vida nos meses, anos e décadas subsequentes vítimas de doenças ou radiações.

'Com profunda convicção, desejo mais uma vez declarar que o uso da energia atômica para fins de guerra é hoje, mais do que nunca, um crime não apenas contra a dignidade dos seres humanos, mas contra qualquer futuro possível para nosso lar comum', afirmou o Papa em Hiroshima.

'O uso da energia atômica para fins de guerra é imoral, assim como a posse de armas nucleares é imoral, como eu já disse há dois anos.'

Escrito por Reuters

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