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Eike Batista é preso pela PF em investigação sobre manipulação de mercado

Placeholder - loading - Eike Batista na Superintendência da PF no Rio de Janeiro 08/08/2019 REUTERS/Ueslei Marcelino
Eike Batista na Superintendência da PF no Rio de Janeiro 08/08/2019 REUTERS/Ueslei Marcelino

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Por Rodrigo Viga Gaier e Pedro Fonseca

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O empresário e ex-bilionário Eike Batista, que já foi o homem mais rico do Brasil e um dos mais ricos do mundo, voltou a ser preso pela Polícia Federal, nesta quinta-feira, desta vez no âmbito de uma investigação da Lava Jato sobre manipulação do mercado de capitais, informaram a PF e o Ministério Público Federal (MPF).

O empresário foi alvo de um mandado de prisão temporária como parte da operação Segredo de Midas, que também prendeu um contador de Eike e cumpriu ordens de busca e apreensão em endereços ligados a ambos e a um ex-diretor de uma das companhias que Eike comandava no auge de seu império empresarial.

A pedido do MPF, a Justiça Federal decretou ainda bloqueio de 1,6 bilhão de reais de Eike e de seus dois filhos, sendo 800 milhões de reais por danos morais e 800 milhões de reais por danos materiais, informou a Procuradoria da República no Rio de Janeiro em comunicado.

Segundo os procuradores, investigações realizadas a partir de outras fases da operação Lava Jato no Rio revelaram que Eike utilizou as mesmas contas usadas para o pagamento de propinas ao ex-governador Sérgio Cabral --pelas quais já foi condenado a 30 anos de prisão-- para manipular ações de empresas envolvidas em contextos empresariais com ele nos mercados de capitais do Brasil e do exterior.

'Entre 2010 e 2013, foram manipulados os mercados de ações e bonds de diversas empresas: Ventana Gold Corp, utilizada como falso pretexto para encobrir o repasse ilícito de recursos a Cabral, Galway Resources Ltd, MMX, MPX e OGX. Em outros casos, foram usadas informações privilegiadas, como em negociações relativas ao Burger King e à CCX. No total, foram movimentados mais de 800 milhões de reais', disse o MPF em comunicado.

O advogado de Eike, Fernando Martins, disse em nota que a prisão temporária do empresário é 'uma vez mais uma medida arbitrária, decretada com base em supostos fatos ocorridos entre 2010 e 2013, portanto sem contemporaneidade e correspondência dos fatos aos critérios legais exigidos para decretação da medida'.

Eike já tinha sido preso em 2017, quando foi acusado de participar do esquema de propina e corrupção do ex-governador Sérgio Cabral, mas estava em liberdade e foi detido na manhã desta quinta-feira em sua mansão na zona sul do Rio de Janeiro.

O empresário foi condenado em primeira instância a 30 anos de prisão por ter pago 16,5 milhões de dólares em propina ao grupo de Cabral em troca de vantagens para suas empresas no Estado, de acordo com a sentença do juiz Marcelo Bretas.

Em maio deste ano, Eike sofreu multa milionária da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por suposto uso de informação privilegiada (insider trading) para negociar ações.

Escrito por Reuters

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