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Especialista da ONU diz que Israel cometeu genocídio em Gaza e pede embargo de armas

Placeholder - loading - Francesca Albanese, relatora especial da ONU sobre direitos humanos nos territórios palestinos 26/03/2024 REUTERS/Denis Balibouse
Francesca Albanese, relatora especial da ONU sobre direitos humanos nos territórios palestinos 26/03/2024 REUTERS/Denis Balibouse

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Por Emma Farge

GENEBRA (Reuters) - Uma especialista da Organização das Nações Unidas (ONU) disse ao Conselho de Direitos Humanos do órgão nesta terça-feira que acredita que a campanha militar de Israel em Gaza iniciada em 7 de outubro equivale a genocídio e pediu aos países que imponham imediatamente sanções e um embargo de armas.

Israel, que não compareceu à sessão, rejeitou as conclusões.

'É meu dever solene relatar o pior que a humanidade é capaz de fazer e apresentar minhas conclusões', disse Francesca Albanese, relatora especial da ONU sobre direitos humanos nos Territórios Ocupados, ao órgão de direitos humanos da ONU em Genebra, apresentando um relatório chamado 'A Anatomia de um Genocídio'.

'Acho que há motivos razoáveis para acreditar que o limite que indica a prática do crime de genocídio contra os palestinos como um grupo em Gaza foi atingido', disse ela, citando mais de 30.000 palestinos mortos entre outros atos.

'Imploro aos Estados-membros que cumpram suas obrigações, que começam com a imposição de um embargo de armas e sanções a Israel, e assim garantam que o futuro não continue a se repetir', disse ela, provocando aplausos.

A Convenção sobre Genocídio de 1948, promulgada após o assassinato em massa de judeus no Holocausto nazista, define genocídio como 'atos cometidos com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso'.

A missão diplomática de Israel em Genebra disse que o uso da palavra genocídio é 'ultrajante' e afirmou que a guerra é contra o grupo islâmico Hamas e não contra civis palestinos. Ela foi desencadeada quando os combatentes do Hamas invadiram o sul de Israel, matando 1.200 pessoas e fazendo 253 reféns, de acordo com os registros israelenses.

'Em vez de buscar a verdade, essa relatora especial tenta encaixar argumentos fracos em sua distorcida e obscena inversão da realidade', disse a missão israelense.

Países do Golfo, como o Catar, bem como países africanos, incluindo a Argélia e a Mauritânia, expressaram seu apoio às conclusões de Albanese e seu alarme sobre a situação humanitária.

Os assentos do aliado de Israel, os Estados Unidos, ficaram vazios. Washington já havia acusado o conselho de ter um viés anti-Israel crônico.

Escrito por Reuters

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