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'Eu renasci' em 7 de outubro, diz sobrevivente de ataque do Hamas a festival em Israel

Placeholder - loading - Os irmãos Rada e Raif Rashed sentam-se com os pais Rashed e Samira enquanto contam à Reuters como sobreviveram ao ataque do Hamas ao Nova Festival em 7 de outubro 30/10/2023 REUTERS/Ammar Awad
Os irmãos Rada e Raif Rashed sentam-se com os pais Rashed e Samira enquanto contam à Reuters como sobreviveram ao ataque do Hamas ao Nova Festival em 7 de outubro 30/10/2023 REUTERS/Ammar Awad

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Por Mustafa Abu Ganeyeh e Leonardo Benassatto

DALIYAT AL-KARMEL, Israel (Reuters) - Contratados para trabalhar em um festival de música israelense que durava a noite toda, Rada e Raif Rashed fugiram para salvar suas vidas logo após o amanhecer, quando militantes do Hamas invadiram a festa e investiram contra a multidão no dia 7 de outubro, transformando a celebração em um lugar de horror.

Os irmãos viram participantes do festival caindo ao seu redor -- 250 pessoas foram mortas no ataque surpresa além da fronteira que desencadeou as piores hostilidades em décadas no conflito entre israelenses e palestinos.

'O que vivi no dia 7 de outubro são coisas inacreditáveis. O que vi nunca imaginei ver', disse Rada, de 33 anos, já de volta com a família ao norte de Israel, a quase 200 quilômetros do local do festival, perto do Kibutz Re'im.

'Nesse dia eu renasci. Agora tenho duas datas de nascimento: a original, em 15 de março, e a nova em 7 de outubro.'

Rada e seu irmão Raif, de 39 anos, trabalhavam como fornecedores de alimentos e bebidas no festival Nova, próximo a Gaza, quando os homens armados do Hamas chegaram. Ambos pertencem à minoria árabe drusa de Israel.

Os irmãos foram separados no caos e Rada juntou-se a outro trabalhador do festival.

'As balas estavam batendo perto do meu rosto. Não sei como. As garotas ao redor foram abatidas e eu estava esperando para ser atingido. Então vi um buraco, como se tivesse sido cavado por alguém. Entramos nele', disse Rada. disse. 'Ficamos lá até o tiroteio parar por um tempo.'

As jovens presentes no festival 'imploravam aos membros do Hamas que não as matassem', disse ele. 'Mas eles estavam se divertindo com elas. Eles as pegaram pelos cabelos e atiraram na cabeça delas. Por quê? Nunca verei um dia mais difícil do que aquele. É o dia mais difícil na história do país.'

Raif correu por entre as árvores até um veículo estacionado, filmando enquanto fugia com o som de tiros ao fundo. Ao chegar ao veículo, disse que olhou em volta e viu 10 militantes a apenas 50 metros de distância, atacando jovens com martelos.

'Eu entendo árabe, você sabe, eu os ouvi e não entendo por que isso está realmente acontecendo aqui neste momento', disse Raif.

'Liguei para a polícia e pedi ajuda para ele, falei para ele que éramos umas 30 pessoas aqui, 30 jovens sem nada, sem ajuda nenhuma, sem nada para salvar nossas vidas, pedindo que mandassem helicópteros, alguma coisa, eu não sei. Eles me disseram que não, 'não podemos chegar você, apenas fique quieto e esconda todo mundo'.'

Israel diz que 1.400 pessoas foram mortas por militantes do Hamas no ataque a cidades e kibutzes israelenses, e que cerca de 240 pessoas foram feitas de reféns, muitos deles supostamente ainda mantidos em cativeiro na vasta rede de túneis do Hamas em Gaza, que as tropas israelenses começaram a atacar.

As autoridades de saúde na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, afirmam que mais de 8.500 pessoas foram mortas no ataque de Israel, entre elas 3.500 crianças, desde 7 de outubro.

(Reportagem de Leonardo Benassatto e Mustafa Abu Ganeyeh em Daliyat al-Kamel, em Israel)

Escrito por Reuters

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