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EUA dizem que novos assentamentos israelenses na Cisjordânia são “inconsistentes” com lei internacional

Placeholder - loading - Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken 23/02/2024 REUTERS/Agustin Marcarian
Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken 23/02/2024 REUTERS/Agustin Marcarian

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Por Simon Lewis e Humeyra Pamuk

(Reuters) - O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta sexta-feira que a expansão dos assentamentos de Israel na Cisjordânia ocupada é inconsistente com a lei internacional, sinalizando um retorno à posição histórica dos EUA quanto ao assunto, algo que tinha sido revertido no governo passado, do presidente Donald Trump.

Em coletiva de imprensa durante visita a Buenos Aires, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmou que os EUA estão “decepcionados” com o anúncio israelense com planos de construir mais moradias na Cisjordânia ocupada, dizendo que a política é contraproducente em relação à paz duradoura na região.

“Eles (assentamentos) também são inconsistentes com a lei internacional. Nosso governo mantém uma oposição firme à expansão dos assentamentos, que ao nosso juízo apenas enfraquece, e não fortalece, a segurança de Israel”, afirmou.

Em novembro de 2019, o secretário de Estado norte-americano à época, Mike Pompeo, anunciou que Washington não via mais os assentamentos israelenses na Cisjordânia — que o país capturou durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967 — como “inconsistentes com a lei internacional”, o que reverteu quatro décadas da posição norte-americana.

Meses depois, em janeiro de 2020, o governo Trump anunciou um plano de paz para o conflito entre Israel e Palestina, que foi aceito pelos israelenses e rejeitado pelos palestinos, em partes porque dava a Israel a maior parte daquilo que buscou durante décadas de conflito, incluindo praticamente toda a terra ocupada na qual construiu assentamentos.

O anúncio norte-americano ocorre após o ministro das Finanças israelense, Bezalel Smotrich, que é de extrema-direita, ter afirmado que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e outros membros do gabinete concordaram em montar um plano para construir cerca de 3.300 casas nos assentamentos, após um ataque com armas feitos por palestinos, na Cisjordânia, na quinta-feira.

A maioria das unidades sob discussão fica em regiões a leste de Jerusalém, e algumas outras ao sul da cidade palestina de Belém, disse Smotrich.

O Ministério das Relações Exteriores palestino condenou o anúncio de assentamentos israelenses, dizendo nas redes sociais que a iniciativa prejudica as chances de uma solução de dois Estados. A maioria dos países considera os assentamentos, que em muitos lugares cortam as comunidades palestinas ao meio, uma violação da lei internacional. Israel reivindica direito bíblico à terra.

(Reportagem de Simon Lewis, Humeyra Pamuk e Ismail Shakil; reportagem adicional de Nandita Bose em Washington e Ali Sawafta em Ramallah)

Escrito por Reuters

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