EUA encerram missão do píer flutuante de Gaza para trazer ajuda aos palestinos pelo mar
EUA encerram missão do píer flutuante de Gaza para trazer ajuda aos palestinos pelo mar
Reuters
17/07/2024
Por Phil Stewart e Idrees Ali
WASHINGTON (Reuters) - Militares dos Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira que a sua missão para instalar e operar um píer flutuante temporário a partir da costa de Gaza estava completa, encerrando formalmente um esforço extraordinário, mas problemático, de trazer auxílio humanitário para os palestinos.
O píer, anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante um discurso para o Congresso em março, foi uma iniciativa gigantesca que exigiu 1.000 militares para ser executada. O auxílio começou a circular do píer para Gaza em maio, em uma operação focada no esforço para evitar a fome depois de meses da guerra entre Israel e Hamas.
As condições meteorológicas ruins e desafios de distribuição dentro de Gaza minimizaram a eficácia daquilo que militares dos EUA classificaram como o seu maior esforço de auxílio humanitário no Oriente Médio.
'A missão marítima envolvendo o píer está completa. Portanto, não há mais necessidade de utilização do píer”, disse o vice-almirante da Marinha dos EUA Brad Cooper, vice-comandante dos Comando Central dos Estados Unidos, em uma coletiva de imprensa.
Cooper disse que os esforços para distribuir ajuda humanitária em Gaza pelo mar seriam agora direcionados para o porto Ashdod em Israel.
'A nossa avaliação é que o píer temporário atingiu o seu objetivo de levar um grande volume de material humanitário para Gaza e para garantir que a ajuda chegasse aos civis de Gaza de maneira rápida”, disse Cooper, acrescentando que cerca de 9 mil toneladas de ajuda foram entregues para Gaza.
O píer se tornou um ponto delicado no Congresso dos EUA, onde os republicanos o classificaram como um golpe de marketing político feito por Biden, que estava sendo pressionado pelos seus colegas democratas a oferecer mais ajuda aos palestinos depois de meses oferendo apoio incondicional a Israel na sua guerra punitiva contra o Hamas.
Reuters

