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Europa é cobrada a agir depois de coronavírus travar norte da Itália e derrubar mercados

Placeholder - loading - Presos protestam no telhado de prisão após suspensão de visitas de familiares devido ao coronavírus 09/03/2020 REUTERS/Flavio Lo Scalzo
Presos protestam no telhado de prisão após suspensão de visitas de familiares devido ao coronavírus 09/03/2020 REUTERS/Flavio Lo Scalzo

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Por Giulia Segreti e Elvira Pollina

ROMA (Reuters) - O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, prometeu uma 'terapia de choque intensiva' para derrotar o coronavírus nesta segunda-feira e exortou a Europa a agir decisivamente, depois que os mercados despencaram e seu país interditou a maior parte do norte rico e industrializado.

A França ecoou o apelo de Giuseppe Conte por uma ação, dizendo que a Europa precisa conceber uma 'reação forte, maciça e coordenada' e que os ministros das Finanças da zona do euro, que se reúnem na semana que vem, precisam decidir um plano de estímulo para evitar uma crise econômica.

As ações caíram em todo o mundo em meio à disseminação do vírus, interrompendo linhas de suprimento globais e abalando a indústria. Elas voltaram a despencar nesta segunda-feira, quando os preços do petróleo caíram até 33% depois que a Arábia Saudita iniciou uma guerra de preços com a Rússia, fazendo investidores já preocupados com o coronavírus se refugiarem nos títulos e no yen japonês.

As ações futuras dos Estados Unidos caíram 5%, atingindo o menor limite diário e suspendendo o pregão. A londrina FTSE 100 recuou 8,4% alguns minutos após a abertura, sua pior queda em um único dia desde a crise financeira.

Em pouco mais de duas semanas, o número de casos registrados saltou para 7.375, com 366 óbitos --um saldo de mortes só inferior ao da China--, sobrecarregando o sistema de saúde.

'Não pararemos nisso. Usaremos uma terapia de choque intensiva. Para sair desta emergência, usaremos todos os recursos humanos e econômicos', disse Conte nesta segunda-feira ao jornal La Repubblica.

Ele disse que os limites de empréstimos rígidos da União Europeia deveriam ser afrouxados para permitir mais espaço fiscal para se manobrar e que a flexibilidade prevista nas regras orçamentárias do bloco deveria ser usada 'plenamente'.

'A Europa não pode pensar em confrontar uma situação incomum com medidas comuns'.

O vírus surgiu na China em dezembro, mas desde então se espalhou pelo mundo. Voos vêm sendo cancelados, aglomerações que vão de cidades a navios de cruzeiros foram isoladas e apresentações, feiras comerciais e eventos esportivos foram adiados. Até a Olimpíada de Verão de Tóquio é uma incógnita.

Mais de 110 mil pessoas foram infectadas em 105 países e territórios e 3.800 morreram, a grande maioria na China continental, de acordo com uma contagem da Reuters.

Com a economia já à beira da recessão, as medidas restringem a circulação para dentro e fora da Lombardia, a região mais rica e economicamente produtiva da Itália, que inclui Milão, e fecham muitos espaços públicos.

Bares e restaurantes foram obrigados a fechar ou a restringir a entrada e a manter uma distância de ao menos um metro entre as pessoas em suas dependências. Grandes eventos esportivos, como o Campeonato Italiano, serão realizados sem público durante um mês.

A França tinha 1.126 casos confirmados de coronavírus e 19 mortes até a noite de domingo. O Banco Central estimou que a economia mal crescerá no primeiro trimestre em relação aos três meses anteriores e alertou para uma desaceleração severa em potencial.

Mas a China e a Coreia do Sul, o segundo país asiático mais atingido, relataram uma diminuição de novas infecções.

(Reportagem adicional de Leigh Thomas, em Paris; Hyonhee Shin e Joyce Lee, em Seul; e Babak Dehghanpisheh, em Dubai)

Escrito por Reuters

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