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Ex-presidente do Sudão e aliados deixam prisão em meio a conflito

Placeholder - loading - Ex-presidente do Sudão Omar Hassan al-Bashir senta em cela dentro de tribunal, em Cartum, Sudão 28/09/2019 REUTERS/Mohamed Nureldin Abdallah
Ex-presidente do Sudão Omar Hassan al-Bashir senta em cela dentro de tribunal, em Cartum, Sudão 28/09/2019 REUTERS/Mohamed Nureldin Abdallah

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Por Khalid Abdelaziz e Nadine Awadalla

CARTUM (Reuters) - Tiros e explosões na periferia oeste da capital do Sudão eram ouvidos nesta quarta-feira, corroendo uma trégua em meio ao colapso de serviços básicos, escassez de suprimentos de alimentos e a abertura de uma prisão que deixou escapar aliados de um ex-autocrata detido.

Com o conflito entre o Exército e as paramilitares Forças de Apoio Rápido (RSF) não dando sinais de diminuir, o Exército disse que o ex-presidente Omar al-Bashir foi transferido para um hospital militar antes do início das hostilidades em 15 de abril.

Afirmou que Bashir foi retirado da prisão com ao menos cinco ex-membros de seu regime, incluindo Abdel Rahim Mohamed Hussein, que junto com o ex-presidente é procurado pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra por atrocidades durante um conflito anterior na região de Darfur.

O paradeiro de Bashir foi questionado depois que um ex-ministro de seu governo, Ali Haroun, anunciou na terça-feira que ele havia deixado a prisão de Kober em Cartum com outras ex-autoridades. Haroun também é procurado pelo TPI por dezenas de acusações de crimes de guerra.

Milhares de criminosos condenados, incluindo alguns condenados à morte, estão detidos na vasta prisão, junto com autoridades do regime de Bashir, que foi derrubado há quatro anos.

Autoridades sudanesas e a RSF trocaram acusações sobre a libertação de presos, com a polícia dizendo que paramilitares armados invadiram cinco prisões no fim de semana, matando vários guardas e abrindo os portões.

A RSF culpou as autoridades por deixarem Haroun e outros saírem.

A libertação de criminosos condenados aumentou a sensação de ilegalidade em Cartum, onde os moradores relatam o agravamento da insegurança, com saques generalizados e gangues perambulando pelas ruas.

'Esta guerra, que é desencadeada pelo regime deposto, levará o país ao colapso', disse as Forças de Liberdade e Mudança do Sudão, grupo político que lidera um plano apoiado internacionalmente de transferência para um governo civil abalado pelo começo dos combates.

Bashir chegou ao poder em um golpe militar de 1989 e foi deposto em uma revolta popular em 2019. Dois anos depois, o Exército liderado pelo general Abdel Fattah al-Burhan, com apoio da RSF, assumiu em um golpe.

O atual conflito entre o Exército e o líder da RSF, general Mohamed Hamdan Dagalo, eclodiu em parte devido a divergências sobre a rapidez com que a RSF deveria ser integrada às Forças Armadas sudanesas sob a planejada transição para o governo civil.

O TPI em Haia acusou Bashir de genocídio e Haroun de organizar milícias para atacar civis em Darfur em 2003 e 2004. O TPI se recusou a comentar a transferência da prisão de Bashir, Haroun e Hussein.

Escrito por Reuters

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