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EXCLUSIVO-China vai impulsionar gastos para reanimar economia e pode cortar meta de crescimento

Placeholder - loading - Sede do banco central da China, em Pequim 28/091/2018 REUTERS/Jason Lee
Sede do banco central da China, em Pequim 28/091/2018 REUTERS/Jason Lee

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Por Kevin Yao

PEQUIM (Reuters) - A China vai liberar trilhões de iuanes em estímulo fiscal para reanimar uma economia que deverá encolher pela primeira vez em quatro décadas em meio à pandemia de coronavírus, enquanto a meta de crescimento planejada provavelmente será reduzida, segundo quatro fontes familiarizadas com as políticas do país.

Os gastos elevados visam estimular o investimento em infraestrutura, sustentado por até 2,8 trilhões de iuanes (394 bilhões de dólares) em títulos especiais de governos locais, disseram as fontes. A proporção de déficit orçamentário nacional pode subir para níveis recordes, acrescentaram.

É provável que Pequim tenha que diminuir sua meta de crescimento econômico para 2020, dado o impacto prolongado da pandemia, de acordo com as fontes envolvidas nas discussões de políticas internas que se recusaram a ser identificadas devido à sensibilidade do assunto.

Os líderes chineses estão considerando propostas de assessores para reduzir a até 5% a meta original de cerca de 6% acordada em dezembro, acrescentaram.

O crescimento da China atingiu uma mínima de quase 30 anos, de 6,1%, em 2019, e o cenário piorou significativamente este ano, à medida que o surto de coronavírus e as rígidas medidas de contenção interromperam duramente os trabalhos das empresas.

'Quando a economia está sofrendo um grande choque, é necessário intensificar o apoio à política fiscal, uma vez que a política monetária terá eficácia limitada', disse uma fonte.

Os gastos mais altos podem elevar a proporção de déficit orçamentário de 2020 para 3,5% -- acima dos 2,8% do ano passado, afirmaram as fontes familiarizadas com as políticas chinesas.

Há muito tempo o governo chinês mantém um teto de 3% na proporção de déficit orçamentário anual, atingida pela última vez em 2017, e um nível de 3,5% seria o mais alto já registrado, disseram analistas.

NOVA INFRA-ESTRUTURA

A China está visando investimentos em infraestrutura, já que a recuperação do consumo pode ser retardada pelo aumento das perdas de empregos, enquanto as exportações podem ser afetadas à medida que a economia global se recupera da pandemia, disseram as fontes familiarizadas com a política do país.

O governo pretende acelerar a construção dos principais projetos de infraestrutura planejados, bem como lançar alguns novos projetos de saúde pública, suprimento de materiais de emergência, redes 5G e data centers que foram endossados pelos principais líderes, acrescentaram as fontes.

'Precisamos encontrar projetos de infraestrutura vitais para a economia, mas é mais difícil encontrar bons projetos agora do que em 1998 e 2008', disse uma outra fonte, referindo-se à crise financeira asiática e à crise global.

META DE CRESCIMENTO

Diante do espaço reduzido para estimular sua economia altamente alavancada, os líderes chineses provavelmente terão que diminuir sua meta de crescimento planejada para 2020 devido à pandemia, disseram as fontes.

Os consultores de políticas monetárias estão propondo uma meta revisada de 5 a 5,5% ou cerca de 5%, a partir da meta planejada de cerca de 6% que parece estar muito além do alcance da China.

Este ano pode ser crucial para o governo do presidente Xi Jinping cumprir sua meta de dobrar o Produto Interno Bruto e a renda na década de 2010 a 2020.

Uma taxa de crescimento de cerca de 5,6% este ano seria suficiente para atingir essas metas.

Escrito por Reuters

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