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Exterior respalda ajuste e dólar tem maior alta em um mês

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Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar teve firme alta ante o real nesta quinta-feira, devolvendo parte das quedas das últimas três sessões, em um clássico dia de aversão a risco nos mercados externos por receios sobre o ritmo de recuperação dos Estados Unidos em meio a temores de efeitos econômicos de tensões EUA-China.

O dólar à vista subiu 1,96%, a 5,2145 reais na venda, maior alta diária desde 26 de junho (+2,58%).

A moeda oscilou em alta durante todo o pregão. Na máxima, foi a 5,2235, ganho de 2,14%, e na mínima marcou 5,12 reais, leve valorização de 0,11%.

Na B3, o dólar futuro avançava 1,95%, a 5,2210, às 17h19.

O salto do dólar spot nesta quinta mais do que apagou a queda de 1,87% da véspera e quebrou uma sequência de três baixas, na qual a cotação acumulou perda de 4,98%.

No que tem sido padrão, o real mais uma vez teve a maior oscilação entre as principais moedas, desta vez para o lado negativo. A lista de maiores quedas globais na sessão continuava com rand sul-africano (-1%), peso colombiano e coroa norueguesa (ambos -0,9%), peso mexicano (-0,6%) e dólar australiano (-0,5%).

Todas essas divisas, assim como real, têm estreita correlação com os preços das matérias-primas <.TRCCRB>, que caíam 0,3% nesta sessão, em meio a receios sobre o ritmo de recuperação econômica nos EUA.

Compondo o panorama de aversão a risco, o Ibovespa <.BVSP> fechou em queda de quase 2%, o índice S&P 500 <.SPX> da Bolsa de Nova York recuou 1,2% (ambos segundo dados preliminares). Diante da busca por ativos seguros, o ouro disparou para perto de máximas históricas, e os preços do título soberano norte-americano com vencimento em dez anos (considerado o ativo mais seguro do mundo) subiam, com consequente queda nos rendimentos.

O mercado recebeu mal os mais recentes dados de auxílio-desemprego nos EUA, que mostraram elevação ante a semana anterior, 'em um dos mais claros sinais de que a recuperação da economia dos EUA está estagnando', disseram analistas do Wells Fargo.

Investidores correram para outras moedas fortes, o que empurrou o euro para além de 1,16 dólar e fez o iene ser cotado abaixo de 107 por dólar.

Mas esse quadro de dólar fraco é limitado a comparações com outras divisas de reserva. Moedas de risco, caso do real, tendem a sofrer com dúvidas sobre a força da economia norte-americana, já que um enfraquecimento nos EUA poderia pressionar a atividade no mundo e afetar demanda por commodities, por exemplo.

Nesse cenário, o Bank of America segue vendo dólar a 5,20 reais ao fim de setembro e de 5,40 reais ao término de 2020.

'O potencial de uma possível vacina para o Covid-19 no curto prazo, juntamente com as próximas eleições nos EUA, são os principais eventos de risco previstos', disseram profissionais do BofA sobre fatores com chance de impactar o dólar nos próximos meses.

Escrito por Reuters

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