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Famílias ucranianas são divididas enquanto fogem de combates no leste do país

Placeholder - loading - Crianças ucranianas deslocadas pela guerra brincam em abrigo temporário em Kostiantynivka, na região ucraniana de Donetsk 13/11/2023 REUTERS/Alina Smutko
Crianças ucranianas deslocadas pela guerra brincam em abrigo temporário em Kostiantynivka, na região ucraniana de Donetsk 13/11/2023 REUTERS/Alina Smutko

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Por Max Hunder e Ivan Lyubysh-Kirdey

KOSTIANTYNIVKA, Ucrânia (Reuters) - Olha Skachkova e seu filho, Denys, de 11 anos, saíram de uma van blindada que os levou para fora de sua cidade natal, Toretsk, perto das linhas de frente onde as forças ucranianas e russas estão travando batalhas ferozes.

Com a guerra se aproximando de seu segundo aniversário, milhões de ucranianos já fugiram em busca de segurança, e muitos outros que tem enfrentado os perigos do fogo de artilharia e dos franco-atiradores ainda estão sendo retirados.

Para Skachkova, a gota d'água foi seu filho lhe dizer que estava assustado com os constantes bombardeios nas proximidades.

'Meu filho começou a sentir muito medo... era assustador', disse ela em um abrigo em Kostiantynivka, uma cidade na região de Donetsk que fica a cerca de sete quilômetros da linha de frente e é o primeiro ponto de escala para muitos civis que fogem da guerra. 'Então decidi sair.'

Sua mãe, que tem 69 anos, ficou para trás.

'Minha mãe não queria ir', disse Skachkova à Reuters, lembrando que ela havia dito à filha que não desejava ser um fardo.

Moscou nega ter como alvo civis, mas a agência de refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU) tem dito que cerca de 5 milhões de ucranianos foram deslocados internamente pela invasão russa. Muitos são da região de Donetsk, que tem sido a província mais atingida pelos combates.

Tetiana Scherbak, uma voluntária que ajuda a administrar o abrigo desde março, deixou a cidade de Bakhmut, no leste do país, em 24 de fevereiro deste ano -- o primeiro aniversário da invasão em grande escala da Rússia.

Ela disse que havia 80 vagas no centro para deslocados internos e estimou que cerca de 700 pessoas passaram por suas portas.

Para Maria Maliarenko, de 81 anos, natural da cidade de Chasiv Yar, na linha de frente, deixar seu apartamento foi uma escolha difícil, mesmo depois de as janelas e portas terem sido arrancadas por bombardeios.

'Nunca pensei em ir embora. Pensei: 'deixe-me morrer aqui'. Mas você não pode sobreviver sem outras pessoas, se não houver ninguém lá', disse ela.

Na sala ao lado, Skachkova e Denys estavam se ajustando em sua casa temporária enquanto aguardavam uma acomodação mais permanente em outro lugar.

Denys se aproximou de dois outros meninos e disse: 'Vamos ser amigos'. A resposta foi afirmativa.

'Esta é minha primeira vez fora de Toretsk', confidenciou ele a seus novos amigos.

Escrito por Reuters

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