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Fitch e S&P reduzem nota da Argentina com risco crescente de calote

Placeholder - loading - Pedestres passam por painel eletrônico mostrando cotações de moedas em Buenos Aires  12/08/2019 REUTERS/Luisa Gonzalez
Pedestres passam por painel eletrônico mostrando cotações de moedas em Buenos Aires 12/08/2019 REUTERS/Luisa Gonzalez

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Por Gabriel Stargardter

BUENOS AIRES, (Reuters) - As agências de classificação de risco Fitch e S&P reduziram a nota de crédito da Argentina nesta sexta-feira, citando maiores chances de um calote na esteira de um resultado surpreendente das eleições primárias que afundou o país em mais uma crise.

Os mercados argentinos despencaram ao longo de boa parte da semana depois da votação de domingo, quando o candidato de centro-esquerda Alberto Fernández ficou bem à frente do presidente Maurício Macri. A larga vantagem de Fernández indica que ele pode vencer as eleições de outubro no primeiro turno, potencialmente pondo fim a reformas liberais e a um plano de austeridade apoiado pelo FMI.

Os rebaixamentos das agências põem fim a uma semana difícil em que o peso perdeu quase 20% de seu valor, forçando o Banco Central argentino a consumir suas reservas com a oferta de leilões em dólar.

A Fitch cortou o rating soberano da Argentina de 'B' para 'CCC', enquanto a S&P rebaixou sua nota para 'B', de 'B-'.

'O rebaixamento do rating da Argentina reflete a incerteza política elevada após as eleições primárias, um aperto severo das condições de financiamento e uma deterioração esperada no ambiente macroeconômico que aumenta a probabilidade de um default na dívida soberana ou algum tipo de reestruturação', disse a Fitch.

A Fitch elevou para 2,5% sua estimativa de contração da economia argentina em 2019, frente a uma projeção anterior de queda de 1,7%, e disse estimar uma estagnação da atividade no ano que vem. A agência acrescentou que espera que a dívida pública aumente para cerca de 95% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano.

A S&P projetou que o crescimento em 2019 cairá 2,3%, ante previsão anterior de declínio de 1,6%.

Alejo Czerwonko, estrategista de mercados emergentes do UBS Global Wealth Management, disse que o rebaixamento da Fitch não vai mudar substancialmente a opinião de muitas pessoas sobre a solidez da dívida argentina.

'A Argentina já havia sido classificada em grau especulativo e isso está empurrando o rating um pouco mais fundo, mas revela pouca informação nova para os investidores', disse ele. 'Isso levará outras agências de classificação a reavaliar a classificação.'

Enquanto a Fitch disse que espera que o crescimento da Argentina seja estável em 2020, a S&P viu o crescimento em 0,5%, ante projeção anterior de 2,2%, destacando incertezas sobre as políticas de Fernández.

A Fitch disse que as chances de Fernández vencer a eleição aumentaram, levantando dúvidas sobre o futuro do plano de austeridade de Macri apoiado pelo FMI. O fato da companheira de chapa de Fernández ser a ex-presidente de esquerda Cristina Fernández de Kirchner, cética há tempos sobre o programa do FMI, apenas aumentou essas dúvidas, disse a Fitch.

'Nós podemos rebaixar a nota ao longo dos próximos 12 a 18 meses se o estresse econômico e financeiro continuar a crescer', disse a S&P, acrescentando que viu uma 'chance maior do que um em três de um novo corte ao longo do próximo ano.'

(Por Gabriel Stargardter; reportagem adicional de Rodrigo Campos em Nova York)

Escrito por Reuters

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