G20 concorda em necessidade de estabilidade dos preços do petróleo, mas há trabalho a fazer, diz ministro canadense
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Por Steve Scherer
OTTAWA (Reuters) - Ministros de Energia do G20 concordaram nesta sexta-feira sobre a necessidade de estabilidade dos preços do petróleo e de um mercado que funcione bem, mas não definiram os detalhes de como isso será alcançado, afirmou o ministro de Recursos Naturais do Canadá, Seamus O Regan.
A reunião do G20 'era para encontrar os mecanismos para alcançar a estabilidade de preços', disse O'Regan a repórteres em uma teleconferência, logo após o término da reunião.
Todos os países concordaram que suas economias precisavam de um 'mercado de petróleo estável e que funcionasse bem' e concordaram em criar um grupo focal para coordenar as respostas das 20 maiores economias daqui para a frente.
'Ainda não estamos onde precisamos', acrescentou, dizendo que os 'números' de cortes de petróleo não foram discutidos.
O ministro de Energia da Rússia, Alexander Novak, disse nesta sexta-feira que espera que os cortes na produção de petróleo por países fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) atinjam 5 milhões de barris por dia (bpd).
Novak disse ao canal de televisão estatal russo Rossiya-24 que o Canadá, que não é membro da Opep+, estava pronto para reduzir a produção de petróleo em cerca de 1 milhão de bpd. O Canadá é o quarto maior produtor mundial de petróleo, extraindo cerca de 4,9 milhões de barris em fevereiro.
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, disse que os esforços para aliviar o excesso global de petróleo devem ser feitos de maneira 'combinada', sem indicar se o país limitará sua própria produção.
'Reconhecemos que este é um desafio global para muitos, muitos países diferentes, e ter uma abordagem combinada é extremamente importante', disse Trudeau sobre os esforços para estabilizar os preços do petróleo, falando em uma entrevista coletiva diária nesta sexta-feira.
A pandemia de coronavírus reduziu a demanda de petróleo à medida que os países fecharam grande parte de suas economias, e a Opep também inundou o mundo com petróleo adicional em uma disputa com a Rússia.
Escrito por Reuters
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