Governo do Paraná determina investigação sobre disparo de mensagens contra STF
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Por Lisandra Paraguassu
(Reuters) - Após relatos de pessoas que receberam mensagem via SMS a favor da invasão do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) se o presidente Jair Bolsonaro (PL) não vencer a eleição no primeiro turno, o governo do Paraná determinou à Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar) a rápida apuração junto a seus parceiros do disparo em massa das mensagens.
A mensagem em questão afirmava que 'vai dar Bolsonaro no primeiro turno! Senão, vamos à rua para protestar! Vamos invadir o Congresso e o STF! Presidente Bolsonaro conta com todos nós!!'.
'A Secretaria da Segurança Pública do Paraná (SESP) informa que o Núcleo de Combate aos Cibercrimes da Polícia Civil (Nuciber/PCPR) já iniciou as investigações para apurar os responsáveis pelo disparo em massa de mensagens SMS irregulares. A SESP empregará seus policiais especializados que deverão atuar em colaboração a órgãos federais', afirmou o governo paranaense em nota.
O governo do Paraná, comandado por Ratinho Júnior (PSD), aliado de Bolsonaro, afirmou que o disparo de mensagens 'ocorreu a partir de uma empresa terceirizada e ela já foi notificada pela Celepar'.
Ainda segundo o governo paranaense, o disparo se deu 'sem qualquer iniciativa e envolvimento da Celepar e do governo do Estado'.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação da corte 'tomou ciência dos fatos hoje pela manhã e encaminhou ao Ministério Público Eleitoral'.
Bolsonaro, que tenta a reeleição, tem feitos ataques frequentes e infundados ao sistema eletrônico de votação do Brasil, afirmando, sem apresentar provas, que é passível de fraude. O presidente já sugeriu que pode não aceitar o resultado do pleito se for derrotado e recentemente afirmou que, se não ganhar a eleição no primeiro turno, 'algo anormal' terá ocorrido no TSE.
Em várias manifestações populares a favor de Bolsonaro já foram vistos cartazes de apoiadores do presidente pedindo o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF), a prisão de ministros da corte e uma intervenção militar no país.
(Reportagem adicional de Ricardo Brito)
Escrito por Reuters
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