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Governo faz ajuste fino para 'azeitar' relação com Congresso, diz Rui Costa

Placeholder - loading - O ministro da Casa Civil, Rui Costa 10/03/2023 REUTERS/Adriano Machado
O ministro da Casa Civil, Rui Costa 10/03/2023 REUTERS/Adriano Machado

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BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta quarta-feira que o governo promove ajuste fino para 'azeitar' a relação com o Congresso Nacional, após sofrer derrotas na semana passada.

O ministro admitiu, em entrevista à GloboNews, atrasos no empenho de emendas parlamentares e demora na indicação de cargos para o governo, mas afirmou que todos os ministérios estão engajados na melhora da articulação política com parlamentares.

'Eu diria que não foram empenhadas as emendas no prazo e na expectativa que os parlamentares tinham', disse o ministro na entrevista.

Costa afirmou que questões como a liberação de emendas e nomeações nos ministérios estão sendo 'azeitadas', citando reuniões da equipe de articulação política com partidos aliados, rodada iniciada nesta quarta-feira com o PSB, legenda do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin.

As bancadas do MDB e do União Brasil também terão suas reuniões, que, por orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, devem se tornar uma 'rotina permanente'.

O ministro da Casa Civil ponderou ainda que a Secretaria de relações Institucionais (SRI), comandada por Alexandre Padilha, faz apenas parte do trabalho, que também envolve os ministérios, responsáveis pelas atividades-fim.

'Precisa todo mundo estar tocando na mesma sintonia. Mas nós estamos ajustando, fazendo o ajuste fino para as coisas voltarem a funcionar também, eu diria, no relacionamento com o Congresso, do mesmo jeito que está funcionando no conjunto do governo.'

Padilha, Costa, o vice-presidente e líderes governistas também se reuniram nesta quarta-feira com o PSD, detentor de mais de 40 cadeiras na Câmara e de 16 no Senado.

Segundo o ministro da articulação política, as conversas serviram para 'reiterar o bom clima de cooperação democrática' entre o executivo e o Congresso.

'Nas duas reuniões, discutimos estratégias para acelerar a nossa pauta prioritária: os projetos que reestruturaram o governo, os que recriaram políticas sociais destruídas por Bolsonaro e os que vão permitir a retomada do nosso crescimento, como a nova regra fiscal', publicou Padilha no Twitter.

Mais cedo, após a reunião com o PSB, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que os partidos com participação no governo têm a responsabilidade de dar sustentação política a ele no Congresso Nacional.

'Quem está no governo tem que estar com o governo', defendeu a petista.

As movimentações do governo ocorrem num momento em que os responsáveis pela articulação política estão sob pressão após o governo sofrer ao menos duas derrotas na Câmara dos Deputados na semana passada. A votação do projeto de lei das Fake News, de regulação de redes sociais, foi adiada e o Planalto teve um revés com a aprovação de um Projeto de Decreto legislativo (PDL) que derrubou um decreto de Lula que alterava pontos do Marco Legal do Saneamento.

TELEGRAM E ELETROBRÁS

Questionado na entrevista à GloboNews, Rui Costa também comentou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou nesta quarta que o Telegram apague mensagens distribuídas pela plataforma contra o PL das Fake News sob pena de suspensão por 72 horas -- a empresa retirou o conteúdo. Para o ministro da Casa Civil, a medida merece 'o aplauso do povo brasileiro'.

Costa defendeu que o Brasil precisa de um marco para regular as plataformas digitais e que o PL, que aguarda votação na Câmara dos Deputados, fortalecerá a democracia no país.

O ministro também expôs a posição do governo de questionar a privatização da Eletrobrás.

'O presidente quer estimular toda a participação privada. Agora, nós temos que ajustar aquilo que tem um cheiro ruim de falta de moralidade', disse Costa, citando como exemplo o poder de voto do governo na empresa menor do que a parcela de ações que detém.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

Escrito por Reuters

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