Greve dos caminhoneiros não é bom para ninguém, diz líder do governo
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Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), afirmou nesta segunda-feira que 'obviamente' não é bom para ninguém uma eventual greve dos caminhoneiros e defendeu a decisão do presidente Jair Bolsonaro de ter atuado diretamente para suspender o aumento no reajuste de 5,7 por cento no preço do óleo diesel nas refinarias na semana passada.
'O presidente é absolutamente responsável pelas decisões que tomou. Se ele tomou essa decisão, ele sabe o que está fazendo. Não cabe à líder do governo questionar posição do presidente da República, estou aqui para servir', disse Joice, em entrevista na chegada do Palácio do Planalto para uma reunião com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
Onyx participou nesta tarde de uma reunião com os ministros Bento Albuquerque (Minas e Energia), Tarcísio Freitas (Infraestrutura), Paulo Guedes (Economia), e os presidentes do BNDES, Joaquim Levy, da Petrobras, Roberto Castello Branco, além dos ministros Carlos Alberto Santos Cruz (Secom) e Floriano Peixoto (Secretaria-Geral) para discutir a política de preços do diesel para os caminhoneiros.
A líder afirmou que o presidente está abrindo um canal de interlocução e disse tê-lo visto 'bastante preocupado' com o reajuste do diesel que poderia impactar a inflação. Ela disse que ele quer ter todos os números na mesa para avaliar se o eventual aumento é justo. 'Tenho certeza absoluta, e vocês podem ter certeza, de que não haverá política intervencionista neste governo', frisou.
Questionado se a decisão de suspender o reajuste estaria atrelada a uma ameaça de greve de motoristas, Joice respondeu: 'Não vou dizer para você que pesa A, B ou C, não é bom para ninguém obviamente uma greve dos caminhoneiros. Por óbvio que não, todos saem no prejuízo, inclusive a categoria dos caminhoneiros', disse.
'Tudo se resolve com diálogo. Os caminhoneiros, a grande maioria, está com o governo, podemos conversar, dialogar, então se a gente tensionar de uma forma a excluir o diálogo, estamos perdidos. Cabe ao governo dialogar, mas cabe também à categoria dos caminhoneiros dialogar...Estamos numa democracia', completou.
Escrito por Thomson Reuters
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