Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1

Haddad defende força-tarefa para definir pontos-chave em negociação com EUA sobre tarifa

Haddad defende força-tarefa para definir pontos-chave em negociação com EUA sobre tarifa

Reuters

17/07/2025

Placeholder - loading - Ministro Fernando Haddad 18/03/2025 REUTERS/Adriano Machado
Ministro Fernando Haddad 18/03/2025 REUTERS/Adriano Machado

Atualizada em  17/07/2025

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que o governo faça uma força-tarefa para encontrar os “pontos que estão pegando” na negociação tarifária entre Brasil e Estados Unidos para que o tema seja resolvido o mais rápido possível.

Na entrevista, publicada nesta quinta-feira, Haddad disse que “o pior que pode acontecer” é o país abrir duas frentes separadas de negociação, argumentando que não faz sentido que tratativas sejam feitas por governadores.

Anunciada pelo governo do presidente Donald Trump, a tarifa de 50% sobre importações de produtos brasileiros pelos Estados Unidos está prevista para entrar em vigor em agosto.

'A maioria dos empresários com quem nós conversamos diz que o (alongamento do) prazo é bom, mas ele não resolve, porque os contratos vão sendo fechados. Se você prolonga isso também demais, vai perder muitos negócios', disse ao jornal.

'O ideal é que haja uma força-tarefa rápida, coloque os pontos, olhe o que está pegando, o que nós podemos fazer para que possamos sair dessa situação o mais rapidamente possível. A determinação do presidente Lula é que nós tenhamos um mapa de tudo rapidamente.'

O ministro disse que não trabalha com a hipótese de que a tarifa não seja revertida porque a taxação acabará prejudicando a economia dos Estados Unidos, que demanda uma série de produtos do Brasil.

Haddad voltou a atribuir a responsabilidade pela tarifa anunciada por Trump ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seus parentes. Para ele, a família Bolsonaro é 'um problema para o país inteiro' e não faz 'um gesto diante do caos e do pavor que eles estão gerando em segmentos econômicos importantes'.

Questionado sobre a possibilidade de apresentação de reformas estruturais ao Congresso, como uma revisão dos pisos de despesa com saúde e educação, Haddad afirmou que o governo não está conseguindo 'aprovar o mais fácil' e questionou qual seria a expectativa de aprovar temas mais difíceis.

'Nós temos que ter uma conversa franca, porque dependo de voto. Não adianta você mandar uma coisa para lá (Congresso) para ficar bem perante a Faria Lima e não ter noção de como as coisas vão se processar', afirmou.

(Por Bernardo Caram)

Reuters

Compartilhar matéria

Mais lidas da semana

 

Carregando, aguarde...

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.