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Ibovespa perde 4% após ministro do STF anular condenações de Lula

Placeholder - loading - Juiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). 11/6/2019. REUTERS/Adriano Machado
Juiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). 11/6/2019. REUTERS/Adriano Machado

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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em forte queda nesta segunda-feira, refletindo preocupações com o cenário eleitoral de 2022 após ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) anular condenações impostas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ministro do STF Edson Fachin anulou todas as condenações impostas a Lula pela 13ª Vara Federal de Curitiba no âmbito da operação Lava Jato, citando que a juridisção não tinha competência para julgar os processos.

A Procuradoria-Geral da República vai recorrer da decisão de Fachin, que pode ser analisada pelo plenário da Corte.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 3,98%, a 110.611,58 pontos, devolvendo boa parte da alta da semana passada (+4,7%). Na mínima, chegou a 110.267,80 pontos. Apenas 2 ações do Ibovespa fecharam no azul.

O volume financeiro no pregão somou 45,6 bilhões de reais.

'A decisão do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, coloca o ex-presidente Lula em condições de concorrer às eleições de 2022', afirmou a equipe da XP Política em comentário a clientes.

Tal perspectiva, na visão do estrategista Gustavo Cruz, da RB Investimentos, aumenta a polarização para a eleição de 2022 no país e reduz o espaço para alguém ser competitivo com uma postura mais moderada.

No mercado, há também preocupação sobre o andamento das reformas, uma vez que o presidente Jair Bolsonaro pode adotar medidas mais populistas de olho na reeleição, diante do risco de o PT retomar o poder.

Esse cenário, de acordo com um gestor ouvido pela Reuters, ecoa os eventos dos últimos 10 anos, com aparelhamento de estatais, recessão econômica e corrupção.

A decisão de Fachin fez o Ibovespa tocar a mínima, mas o sinal negativo já prevalecia na bolsa paulista desde a abertura, em meio a movimentos de realização de lucros e um receios com o quadro ainda preocupante sobre a Covid-19 no país.

DESTAQUES

- LOCALIZA ON despencou 9,39% e UNIDAS ON fechou com um tombo de 9,23%, após a rival Movida pedir ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para reprovar a operação para combinação de negócios entre as empresas de locação de veículos e gestão de frotas.

- MARFRIG ON subiu 4,41%, antes de resultado trimestral. O Credit Suisse elevou o preço-alvo da ação a 23 reais e reiterou Marfrig como sua 'top pick' no setor de proteínas, que vê se beneficiando do crescimento da demanda por carne bovina.

- MAGAZINE LUIZA ON recuou 8,08%, tendo no radar o balanço do quarto trimestre, com empresas com relevante presença no e-commerce tendo fortes recuos. B2W ON caiu 6,78% e VIA VAREJO ON cedeu 4,07%. Nos EUA, MERCADO LIVRE perdeu 6,85%.

- EZ TEC ON caiu 8,72%, com o índice imobiliário apresentando o pior desempenho entre os índices setoriais na B3, que recuou 6,04%.

- PETROBRAS PN perdeu 5,76%, afetada pelo noticiário político, em dia de queda do petróleo no exterior. Nem o novo aumento de combustíveis pela petrolífera de controle estatal evitou a queda. A empresa recebeu do governo indicações para o conselho de administração.

- BANCO DO BRASIL ON caiu 4,58%, pior desempenho entre os principais bancos de varejo do país, com a cena política também no radar. ITAÚ UNIBANCO PN recuou 3,18% e BRADESCO PN cedeu 3,55%. Entre os papéis de bancos no Ibovespa, BTG PACTUAL UNIT perdeu 7,43%.

- VALE ON cedeu 0,54%, contaminada pela piora do sentimento na bolsa.

Escrito por Reuters

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