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Ibovespa recua após dado mais forte de inflação nos EUA; Petrobras sobe

Placeholder - loading - Painel de cotações na B3 06/07/2023 REUTERS/Amanda Perobelli
Painel de cotações na B3 06/07/2023 REUTERS/Amanda Perobelli

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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa recuava nesta quarta-feira, após um dado de inflação nos Estados Unidos reduzir apostas de um corte de juros pelo Federal Reserve ainda no primeiro semestre, mas o sinal negativo era atenuado pela forte alta das ações da Petrobras, após a estatal anunciar descoberta de petróleo na Margem Equatorial.

Às 12:17, o Ibovespa caía 1,08%, a 128.483,39 pontos. Na mínima, chegou a 128.379,01 pontos. O volume financeiro somava 7,9 bilhões de reais.

Nos EUA, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) aumentou 0,4% no mês passado, depois de avançar pela mesma margem em fevereiro, informou o Departamento do Trabalho nesta quarta-feira. Economistas consultados pela Reuters, porém, previam alta de 0,3%.

'O dado mostra a resiliência da inflação e tem impacto direto nas expectativas de juros pelo Fed', disse o estrategista-chefe da Avenue, William Castro Alves.

Ele explicou que o CPI reduz consideravelmente a possibilidade de cortes de juros já em junho, dado que toda a comunicação do Fed tem defendido a importância de se observar os dados e ver uma evolução favorável para mudanças na política monetária.

'O dado de hoje definitivamente não mostra essa evolução positiva', avaliou.

Em Wall Street, o S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, cedia 1,06%, enquanto o rendimento do título de 10 anos do Tesouro dos EUA avançava a 4,4947%, de 4,366% na véspera. Na máxima, chegou a 4,511%.

Após a divulgação, os juros futuros norte-americanos passaram a precificar que o Fed deve realizar um primeiro corte de 0,25 ponto percentual em sua reunião de 17 e 18 de setembro, levando a taxa para uma faixa de 5% a 5,25%, com apenas mais um corte provável até o final do ano.

Tanto operadores quanto analistas esperavam, até esta manhã, três cortes este ano, um cenário presente nas projeções divulgadas pelo Fed no mês passado.

Os preços ao consumidor também eram destaque na agenda macroeconômica local, mas, diferentemente dos EUA, o IPCA desacelerou com força em março, apurando alta de 0,16%, menor do que o previsto por economistas. A taxa em 12 meses ficou abaixo de 4% pela primeira vez desde julho de 2023.

'A dinâmica da inflação apoia a continuação de um ciclo de flexibilização gradual, mas a dinâmica subjacente à inflação nos serviços básicos ainda merece atenção', afirmou o diretor de pesquisa macroeconômica para América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, em relatório a clientes.

Ele acrescentou que fatores como um cenário apertado do mercado de trabalho, um crescimento robusto dos salários, uma política fiscal e parafiscal expansionista, expectativas de inflação para 2024 e a médio prazo ainda não ancoradas exigem cautela na calibração de curto prazo da política monetária.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN avançava 1,86%, a 39,45 reais, um dia após anunciar que descobriu uma acumulação de petróleo em águas ultraprofundas da Bacia Potiguar, no poço exploratório Anhangá, próximo à fronteira entre os Estados do Ceará e Rio Grande do Norte, na Margem Equatorial brasileira. Investidores também continuam na ex/pectativa de desfechos envolvendo a presidência da estatal e a distribuição de dividendos extraordinários retidos em março pela companhia. No exterior, barril de Brent cedia 0,39%.

- VALE ON caía 1,20%, a 61,80 reais, sucumbindo ao movimento de maior aversão a risco desencadeado pelos dado dos EUA, apesar da alta dos preços futuros do minério de ferro na China pela terceira sessão consecutiva nesta quarta-feira. O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações do dia com alta de 1,43%, a 813,5 iuans (112,48 dólares) a tonelada, depois de subir mais de 5% na terça-feira. - ITAÚ UNIBANCO PN cedia 1,67%, a 33,01 reais, e BRADESCO PN recuava 2,04%, a 14,41 reais, também pressionados pelo movimento vendedor generalizado na bolsa paulista.

- AZUL PN era negociada em baixa de 5,18%, a 13,00 reais, com papéis sensíveis a juros de modo geral no negativo na bolsa com a alta na curva de DI, uma vez que o movimento nos Treasuries ofuscava a alta menor do que a esperada no IPCA de março.- 3R PETROLEUM ON perdia 0,59%, a 35,31 reais, após assinar com a Enauta memorando de entendimento para levar adiante uma proposta de fusão entre as petrolíferas revelada no início deste mês. ENAUTA ON, que não faz parte do Ibovespa, subia 0,33%, a 27,75 reais. - CYRELA ON recuava 2,50%, a 23,77 reais, acompanhando o declínio generalizado de papéis sensíveis a juros, mas tendo no radar ainda prévia operacional da construtora no primeiro trimestre, com alta de 39% nas vendas líquidas contratadas ano a ano, para 2,1 bilhões de reais. O índice do setor imobiliário na B3 perdia 1,78%.

Escrito por Reuters

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