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Imunoterapia aprovada na Europa e EUA é eficiente para câncer de cabeça e pescoço

Pesquisadores descobriram que os recentes casos desses tipos da doença podem ter a ver com o HPV.

Placeholder - loading - Médico com pasta e caneta na mão (Foto: Pixabay)
Médico com pasta e caneta na mão (Foto: Pixabay)

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Segundo matéria da BBC News, um medicamento de imunoterapia pode ser uma alternativa para o tratamento do câncer, sem fazer com que os pacientes sofram com os efeitos severos da quimioterapia.

Em um estudo, o pembrolizumabe manteve os cânceres de cabeça e pescoço afastados por uma média de dois anos - cinco vezes mais que a quimioterapia. Os pacientes também sofreram muito menos efeitos colaterais.

Os casos de câncer de cabeça e pescoço estão aumentando no Reino Unido e a maioria é diagnosticada tardiamente, quando é difícil de tratar.

O que é imunoterapia?

É um tratamento que não mata as células cancerígenas, mas estimula o sistema imunológico do corpo a atacá-las. O pembrolizumabe em particular já está sendo usado para tratar uma ampla gama de cânceres avançados, incluindo melanoma - um tipo de câncer de pele que se espalha facilmente. E especialistas acreditam que a droga tem potencial para tratar muito mais tipos da doença.

Quando é usada?

Normalmente, a imunoterapia é usada após tratamentos padrão como a quimioterapia falharem, mas este estudo, em 882 pacientes de 37 países, sugere que ela deva ser usada mais cedo - e para algumas pessoas deve ser a primeira opção.

O medicamento é administrado aos pacientes regularmente através de um gotejamento quando o câncer retorna ou se espalha e é considerado incurável.

Por que é melhor que o tratamento atual?

É mais gentil, seguro e pode manter os pacientes vivos por mais tempo, segundo o estudo publicado no The Lancet. Mas pode não funcionar para todos.

Em pessoas com câncer avançado de cabeça e pescoço que responderam ao medicamento - um em cada quatro -, o câncer diminuiu ou se estabilizou por uma média de 23 meses.

Em comparação, embora mais pacientes (36%) tenham respondido positivamente ao tratamento quimioterápico padrão, as melhorias duraram, em média, apenas quatro meses e meio.

Aqueles com tumores maiores e mais agressivos receberam a droga em combinação com quimioterapia para ajudar a retardar o progresso da doença, que foi mantida sob controle por uma média de sete meses.

Então, quem poderia se beneficiar?

O truque é identificar pessoas com tumores que responderão, diz o professor Kevin Harrington, oncologista do Royal Marsden NHS Foundation Trust e professor de terapias biológicas contra o câncer no Institute of Cancer Research, que liderou o estudo.

Um teste para a presença do marcador imune PD-L1 no tumor significa que a imunoterapia pode ser utilizada. Harrington diz que aproximadamente 85% das pessoas com câncer de cabeça e pescoço avançado ou recidivado seriam elegíveis para o pembrolizumabe.

"Este estudo é muito emocionante", diz o professor Paul Workman, do Institute of Cancer Research. "Primeiro porque mostra que a imunoterapia pode ter benefícios incríveis para alguns pacientes com câncer de cabeça e pescoço quando usados como tratamento de primeira linha; e segundo porque os pesquisadores criaram um teste para escolher quem tem mais probabilidade de se beneficiar".

Ele disse que todos os novos medicamentos que chegam ao mercado devem ser acompanhados de um teste para identificar seus usos da maneira mais precisa possível.

Nos EUA e na UE, o pembrolizumab foi aprovado para ser utilizado sozinho e com quimioterapia para câncer avançado de cabeça e pescoço, mas ainda não no Reino Unido.

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