Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1

Inadimplência do produtor rural no Brasil sobe para 8,1% no 2º tri, aponta Serasa

Inadimplência do produtor rural no Brasil sobe para 8,1% no 2º tri, aponta Serasa

Reuters

12/11/2025

Placeholder - loading - Produtor rural em colheita de soja
Produtor rural em colheita de soja

SÃO PAULO (Reuters) - O índice de inadimplência do produtor rural do Brasil subiu para 8,1% no segundo trimestre, alta de 0,3 ponto percentual em relação ao período de janeiro a março e avanço de 1,1 ponto percentual na comparação anual, em meio a problemas de fluxo de caixa e endividamento de parte do setor, informou a Serasa Experian nesta quarta-feira.

'Os indicadores apontam uma piora lenta, porém contínua, na capacidade da população rural de manter-se adimplente', disse o head de agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta.

'O agronegócio enfrenta desafios de fluxo de caixa e endividamento acumulados nos últimos três a quatro anos, exigindo atenção e reestruturação', acrescentou Pimenta, em nota.

A quebra de safra de grãos no ano passado ajudou a impulsionar a inadimplência. Mas o Brasil teve em 2025 uma colheita recorde de soja e milho.

O indicador da Serasa considera dívidas vencidas há mais de 180 dias e que foram contraídas junto a bancos e empresas que se relacionam às principais atividades do agronegócio.

Segundo o levantamento, a maior parte da inadimplência é com o setor financeiro.

O Banco do Brasil, principal credor do agronegócio, afirmou anteriormente que a inadimplência estava resiliente ao comentar os resultados do segundo trimestre. O banco divulga resultados do terceiro trimestre nesta quarta-feira.

Na avaliação por porte de produtor, a datatech mostrou que aqueles que atuam 'Sem Registro de Cadastro Rural' -- ou seja, arrendatários ou participantes de grupos econômicos/familiares -- representam a maior fatia de inadimplentes, com 10,5%.

Em sequência estão os grandes proprietários, que significam 9,2% do total.

'Produtores que precisam arrendar terras, por exemplo, costumam lidar com margens mais apertadas pelo custo extra. E, sobre os grandes produtores, o maior apetite ao risco pode gerar desequilíbrio', explicou Pimenta.

(Por Roberto Samora)

Reuters

Compartilhar matéria

Mais lidas da semana

 

Carregando, aguarde...

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.