Investidores de varejo mostram menos convicção em comprar ações dos EUA

Por Suzanne McGee

(Reuters) - Os investidores de varejo estão mostrando sinais de diminuição da confiança na capacidade de recuperação do mercado acionário dos Estados Unidos, com os dados do mercado e as falas dos analistas indicando um declínio no seu entusiasmo em comprar ações em baixa.

Os investidores individuais têm sido um fator importante por trás da recuperação do mercado deste ano, ajudando-o a se recuperar das vendas e impulsionando-o para uma série de recordes de alta.

Porém, como o mercado vem caindo desde o início deste mês e se afastando de seus picos recentes, os investidores têm demonstrado menos propensão a investir nos dias de baixa, disseram os analistas.

Certamente, o mantra 'compre na baixa' ainda tem muito apoio nos canais de mídia social, mas os investidores estão prestando mais atenção a questões sobre avaliações ou se estamos em uma bolha de IA (inteligência artificial)', disse James St. Aubin, diretor de investimentos da Ocean Park Asset Management.

A participação dos investidores de varejo no mercado tem se tornado cada vez mais importante desde o surto de Covid-19 em 2020, quando um número crescente de investidores em quarentena se concentrou em seus portfólios.

Nos últimos dois anos, analistas de mercado e operadores também apontaram repetidamente para a compra na baixa por investidores de varejo como uma importante fonte de resiliência sempre que o mercado sofreu solavancos.

A Vanda Research, em relatórios publicados esta semana e no final de outubro, disse que sua análise dos dados de negociação sugere que os investidores de varejo não estão mais demonstrando o alto nível de convicção que alimentou as grandes altas do mercado este ano, como a recuperação que se seguiu aos anúncios de tarifas comerciais de abril.

'Estão começando a surgir rachaduras nessa tendência', disseram os analistas da empresa no relatório mais recente da VandaTrack, publicado na última quarta-feira. No dia anterior, disse a Vanda, a compra por investidores individuais foi a mais fraca registrada desde maio e o terceiro dia mais fraco de 2025.