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IPCA-15 tem menor taxa para abril desde 1994 com queda dos combustíveis

Placeholder - loading - Mulher faz compras em supermercado de São Paulo 11/01/2017 REUTERS/Paulo Whitaker
Mulher faz compras em supermercado de São Paulo 11/01/2017 REUTERS/Paulo Whitaker

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Por Camila Moreira

SÃO PAULO (Reuters) - A prévia da inflação oficial brasileira entrou em território deflacionário e registrou a menor taxa para abril desde 1994, pressionada de um lado pela queda nos preços dos combustíveis, mas por outro mostrando as consequências das medidas de isolamento com alta da alimentação em domicílio.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) passou a recuar em abril 0,01%, após variação positiva de 0,02% no mês anterior, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse é o resultado mais fraco para o mês desde o início do Plano Real, em julho de 1994.

Em 12 meses até abril, o IPCA-15 acumulou alta de 2,92%, ante 3,67% no mês anterior, indo abaixo do centro da meta de inflação para este ano -- 4%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA.

A expectativa em pesquisa da Reuters era de uma variação positiva de 0,01% na base mensal e de alta de 2,94% em 12 meses, de acordo com a mediana das projeções.

Reduções dos preços de combustíveis anunciadas pela Petrobras diante da queda do preço do petróleo e de seus derivados no mercado internacional ajudaram a gasolina a exercer o maior impacto negativo no IPCA-15 do mês, com recuo de 5,41% nos preços.

Também apresentaram quedas o etanol (-9,08%) e o óleo diesel (-4,65%), que levaram a uma queda de 5,76% do preços dos combustíveis. Com isso, o grupo Transportes teve queda de 1,47%.

Outra deflação importante foi registrada por Artigos de residência, de 3,19%) --os eletrodomésticos e equipamentos e os artigos de tv, som e informática, apresentaram no mês quedas de 7,15% e 1,95%, respectivamente.

As paralisações e confinamentos determinados por causa da pandemia de coronavírus vêm afetando a demanda e o comércio no Brasil, resultando principalmente nos preços mais caros da alimentação em domicílio.

Esses preços avançaram em abril 3,14%, com a cebola ficando 35,79% mais caro e o tomate, 17,01%. A batata-inglesa subiu 21,24% em abril e a cenoura teve alta de 31,67%. Assim, o grupo Alimentação e bebidas foi o destaque entre as altas, com avanço dos preços de 2,46%.

A alimentação fora do domicílio também ficou mais cara em abril, com avanço de 0,94%, influenciada pela alta de 3,23% do lanche.

Diante das incertezas tanto internas quanto externas relacionadas ao coronavírus, Banco Central e governo vêm adotando medidas econômicas para tentar mitigar os potenciais devastadores impactos do vírus.

O BC já reduziu a taxa básica de juros a 3,75%, e novos cortes são esperados. Tanto a autarquia quanto o Ministério da Economia preveem atualmente estagnação da atividade este ano, mas esses números ainda devem ser revisados para baixo.

A pesquisa Focus realizada pelo BC com economistas mostra que a expectativa é de a inflação termine este ano a 2,20% e a economia encolha 3,34%.

Escrito por Reuters

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