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Irã enforca dois homens acusados de matar agente de segurança durante protestos

Placeholder - loading - Mohammad-Mehdi Karami fala em um tribunal antes de ser executado por enforcamento, junto com Seyyed Mohammad Hosseini, por supostamente matar um membro das forças de segurança. Teerã, 7 de janeiro de
Mohammad-Mehdi Karami fala em um tribunal antes de ser executado por enforcamento, junto com Seyyed Mohammad Hosseini, por supostamente matar um membro das forças de segurança. Teerã, 7 de janeiro de

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(Reuters) - O Irã enforcou dois homens neste sábado por supostamente terem matado um membro das forças de segurança durante protestos nacionais que começaram após a morte da jovem curda de 22 anos, Mahsa Amini, em 16 de setembro.

Os dois homens executados neste sábado foram condenados pelo assassinato de um membro da milícia paramilitar Basij. Outros três foram sentenciados à morte no mesmo caso, enquanto 11 receberam sentenças de prisão.

“Mohammad Mehdi Karami e Seyyed Mohammad Hossein, principais responsáveis pelo crime que levou ao martírio injusto de Ruhollah Ajamian, foram enforcados nesta manhã”, disse o Judiciário em um comunicado veiculado pela agência de notícias oficial Irna.

Com as mais recentes execuções, sobe para quatro o número de manifestantes que se sabe oficialmente que foram executados na repercussão dos protestos.

O principal diplomata da União Europeia condenou as execuções neste sábado e cobrou que o Irã pare imediatamente de aplicar sentenças de morte contra manifestantes, e que anule as existentes.

“É mais um sinal da repressão violenta das autoridades iranianas contra demonstrações civis”, disse Josep Borrell em um comunicado.

O ministro das Relações Exteriores britânico, James Cleverly, condenou no sábado as execuções e instou o Irã a 'acabar imediatamente com a violência contra seu próprio povo'.

A Anistia Internacional disse mês passado que as autoridades iranianas estão buscando a pena de morte para pelo menos outras 26 pessoas, com o que chamou de “julgamentos falsos com o objetivo de intimidar manifestantes”.

A organização afirmou que todos que correm o risco de sofrer penas de morte não tiveram direito a uma defesa adequada e a escolher seus advogados. Grupos de direitos humanos dizem que os réus estão dependendo de advogados indicados pelo Estado que se esforçam pouco para defendê-los.

A Anistia disse que o tribunal que condenou Karami, um campeão de caratê de 22 anos, se baseou em confissões forçadas.

O advogado de Hosseini, Ali Sharifzadeh Ardakani, disse em um tuíte publicado em 18 de dezembro que Hosseini foi severamente torturado e que confissões extraídas sob tortura não têm base legal.

Ele afirmou que Hosseini foi agredido com mãos e pés amarrados, chutado na cabeça até desmaiar, e sujeito a choques elétricos em diferentes partes do corpo.

O Irã nega que as confissões foram extraídas sob tortura.

(Reportagem adicional de Gilles Guillaume em Paris)

Escrito por Reuters

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