Irã proibirá viagens depois de mortes por coronavírus chegarem a 2.077
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DUBAI (Reuters) - O Irã vai proibir as viagens e as reuniões tradicionais em parques durante o Ano Novo iraniano, disse o presidente Hassan Rouhani nesta quarta-feira, quando o número de vítimas fatais do coronavírus subiu para 2.077 no país mais atingido pela pandemia do Oriente Médio.
Rouhani disse que os iranianos serão impedidos de sair das cidades para as viagens de Ano Novo e que as aglomerações serão restringidas durante o Sizdah Bedrail, um festival que é parte das festividades e durante o qual as pessoas costumam fazer piqueniques ao ar livre.
'Este plano é rígido e criará dificuldades e restrições de viagens, e induzirá pessoas que já viajaram a voltarem para casa mais rápido', disse Rouhani em comentários transmitidos pela televisão estatal.
'Estas são decisões duras que são necessárias para proteger vidas. Todos os parques podem ser fechados, e o Sizdah Bedar não será como os anos anteriores, mas não temos escolha além de fazer assim', disse Rouhani, acrescentando que os detalhes do plano serão anunciados em breve.
O Nowruz, ou 'novo dia' em persa, é uma comemoração de Ano Novo antiga e a data mais importante do calendário. As famílias se reúnem e trocam presentes.
Autoridades se queixam de que muitos iranianos estão ignorando os apelos para que fiquem em casa e cancelem planos de viagens em meio à luta contra o coronavírus.
Um funcionário do Ministério da Saúde disse nesta quarta-feira que 2.077 pessoas já morreram devido ao coronavírus no país -- 143 mortes foram registradas só nas últimas 24 horas.
O número total de pessoas infectadas com o coronavírus subiu para 27.017, disse Alireza Vahabzadeh em um tuíte.
(Reportagem Redação Dubai)
Escrito por Reuters
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