Itália convoca enviado russo por comentários 'vulgares' sobre desabamento de torre em Roma
Itália convoca enviado russo por comentários 'vulgares' sobre desabamento de torre em Roma
Reuters
04/11/2025
ROMA (Reuters) - A Itália convocou o vice-embaixador da Rússia nesta terça-feira para protestar contra o que considerou comentários 'vulgares' da porta-voz do ministério das Relações Exteriores de Moscou, Maria Zakharova, que relacionou o desabamento de uma torre em Roma ao apoio militar da Itália à Ucrânia.
Um trabalhador romeno ficou preso sob os escombros após parte de uma torre medieval perto do Coliseu de Roma ceder na segunda-feira. Ele foi retirado com vida, mas morreu no hospital.
Com a operação de resgate ainda em andamento, Zakharova escreveu em seu canal no Telegram que, enquanto o governo italiano 'desperdiçar o dinheiro de seus contribuintes' para apoiar a Ucrânia, a economia local e suas torres continuarão a desmoronar.
O ministro das Relações Exteriores italiano, Antonio Tajani, denunciou a postagem como 'perturbadora' e 'inaceitável', acrescentando: 'A Itália não alterará sua posição de política externa ou seus princípios em resposta a ataques verbais imprudentes'.
Em uma declaração publicada posteriormente no Facebook, a Embaixada da Rússia em Roma expressou suas condolências pela morte do trabalhador romeno Octav Stroici.
Também afirmou que Moscou havia levantado preocupações com a Itália sobre o que chamou de 'campanha agressiva e deplorável contra a Rússia' na mídia italiana, desencadeada pelos comentários anteriores de Zakharova.
A Itália tem apoiado firmemente a Ucrânia desde a invasão em grande escala da Rússia em 2022, fornecendo equipamentos militares, treinamento e ajuda humanitária como parte dos esforços mais amplos da Otan e da UE.
A opinião pública na Itália, no entanto, está mais dividida. Embora a maioria se oponha à invasão da Rússia e apoie a ajuda humanitária, pesquisas mostram que muitos italianos não se sentem à vontade com o envio de armas ou um aumento do envolvimento militar.
(Reportagem de Crispian Balmer)
Reuters

